Os jovens não são um artifício retórico. Os seus problemas e aspirações não devem ser usados como mero instrumento de propaganda. Os obstáculos aos estudos, a falta de acesso a habitação digna e a preços acessíveis, a precariedade laboral, a desregulação dos horários, os baixos salários, os estágios não remunerados ou as bolsas ditas de formação fazem parte da realidade de demasiados jovens. Estes problemas não estão desligados das políticas neoliberais que as instituições europeias impõem aos Estados-Membros.

E a COVID-19 expôs esta realidade e agravou a situação dos jovens. O direito ao desporto, à cultura, ao lazer, não foi apenas adiado, como foi, de facto, posto em causa, por regras que não tiveram em conta a importância destas atividades para a saúde física e mental dos jovens. Em Portugal, milhares foram despedidos ao abrigo do período experimental, muitos viram os salários cortados, os direitos ameaçados, os horários desregulados. A precariedade laboral alastra mais depressa que a COVID e os jovens questionam-se se podem sonhar o futuro, ou se têm de se limitar a aguentar o presente.

Com ou sem ano da juventude, os jovens sabem que podem contar connosco para transformar os sonhos em realidade. Estamos onde sempre estivemos: ao vosso lado todos os dias!