Na sequência do despedimento de 761 trabalhadores na empresa Sprider Stores S.A., as autoridades gregas apresentaram a candidatura para a mobilização do Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização. Esta empresa opera no ramo de actividade do comércio a retalho, excepto de veículos automóveis e motociclos. Entre o número de trabalhadores despedidos estão incluídos os trabalhadores independentes cuja actividade tenha cessado nas empresas fornecedoras ou nas empresas produtoras a jusante da referida empresa. Dois motivos deram origem aos despedimentos: 1) redução do rendimento disponível das famílias e o aumento do desemprego – que resultou numa enorme queda do poder de compra; 2) redução do crédito às empresas e aos particulares devido à falta de liquidez dos bancos gregos, ligadas à crise económica. Perante esta situação reafirmamos que a solução não passa por dar um subsídio em troca da perda do posto de trabalho, que além do mais não tem preço, mas sim por inverter o rumo das políticas neoliberais que têm sido responsáveis por estas situações, levadas a cabo pelos governos dos Estados-Membros e incentivadas pela UE, que o próprio relatório descreve como causadoras deste problema social.