Desta vez foi a Holanda a apresentar uma candidatura a uma contribuição financeira do Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização (FEG), na sequência de despedimentos em 89 empresas que operam na Divisão «Construção de edifícios» da NACE Revisão 2, nas regiões contíguas de Gelderland e Overijssel, sendo 475 o número de trabalhadores potenciais beneficiários das medidas co-financiadas pelo FEG. O Fundo pretende "inverter" as consequências do aprofundamento da liberalização do comércio mundial e sua contínua desregulação que estão contidas na orientação geral das políticas da UE que arruínam a capacidade de sobrevivência das empresas, empurrando o trabalho para a precaridade até à sua extinção. O Fundo, apesar de representar no imediato um apoio importante para os trabalhadores, não deixa de ser a misericórdia que permite ao grande capital continuar a disseminar as políticas neoliberais que têm conduzido à recessão e ao aumento histórico do desemprego.
A Holanda foi um dos países mais críticos no que respeita ao alargamento do âmbito do Fundo que inicialmente se aplicava apenas em casos ligados às "consequências da globalização", tendo-se revelado mesmo contra (no Conselho) o alargamento para casos cujas consequências resultavam da crise financeira e económica mundial. Contudo, foi um dos países que mais recorreu ao FEG invocando a razão que rejeitou anteriormente.