A situação do campo de Refugiados de Calais onde sobrevivem em condições miseráveis milhares de seres humanos à espera de poder entrar no Reino Unido, agravou-se nos últimos meses.
Esta situação vem provar mais uma vez a cegueira dos governos que continuam a apostar em medidas repressivas sem resolver a questão de fundo. Por decisão das autoridades francesas, a parte sul do campo de Calais foi desmantelada no verão de 2015, criando-se um centro de acolhimento provisório com capacidade para acolher apenas 1500 pessoas.
Passado um ano, sem surpresas, o campo voltou à dimensão inicial com a presença de cerca de 9000 refugiados, que continuam sem as condições mínimas de existência e dependendo totalmente da assistência das organizações de solidariedade que ali trabalham.
Perante esta situação surge a decisão do RU e da França de duplicar o muro de separação entre o campo e o terminal ferroviário, voltando a apostar em soluções xenófobas que, para além de ineficazes, trazem-nos à memória os piores horrores da segunda guerra mundial.
Pergunto à Comissão Europeia como avalia esta situação que decorre naturalmente do fracasso da política europeia de migração e que medidas pretende por em prática para evitar este cenário vergonhoso.