As Ilhas Malvinas foram recentemente palco de exercícios militares por parte da Grã-Bretanha (e da NATO), país ocupante destas ilhas do Atlântico Sul desde o século XIX, os quais foram recebidos com grande preocupação por parte dos países da região que através da União das Nações Sul-americanas (UNASUR), do Grupo de Rio e do MERCOSUL, condenaram esses exercícios. A sua realização vem juntar-se à reactivação da IV Frota dos EUA para a América Latina, à instalação e utilização de novas bases militares em vários países da região, nomeadamente nas Honduras e na Colômbia, e a todo um conjunto de outras bases militares estrangeiras já existentes na região, incluindo nas próprias Ilhas Malvinas. Os perigos e ameaças que decorrem de uma maior presença militar dos EUA, da Grã-Bretanha e da NATO na região revelam intentos neocolonialistas em relação aos recursos e mercados dos países da América Latina e dos seus povos.
Assim, pergunto ao Conselho:
- Não julga necessário efectuar diligências, nomeadamente junto dos EUA, da Grã-Bretanha e da NATO, com vista ao encerramento das bases militares estrangeiras existentes na América Latina?