Consideramos que o aumento da esperança média de vida constitui uma conquista da civilização e um factor de progresso social e que não deve ser encarado como uma fardo para a sociedade, tal como o relatório preconiza. Agora o que a expressão "envelhecimento activo" deve significar não é que as pessoas têm que trabalhar até mais tarde, mas sim que as pessoas idosas não devem ser abandonadas, como actualmente acontece em tantos países, mas antes devem ter as condições para participar activamente na vida social, devem ter condições de exercer a sua cidadania e que, para que isso possa acontecer, têm necessariamente de ter acesso a pensões de reforma dignas, que lhe garantam independência, e a serviços públicos, nomeadamente serviços públicos de saúde, que lhes garantam a qualidade de vida, condição indispensável para que participem activamente nas suas comunidades. Recusamos que este tema seja instrumentalizado para, a pretexto de uma preocupação justa - a de manter activas as pessoas idosas - se tente impor a ideia da inevitabilidade do aumento da idade da reforma ou de privatização dos sistemas de segurança social. Votámos contra.