Estudos recentes indicam que o número de trabalhadores em situação de esgotamento tem aumentado significativamente nos últimos anos - Em Portugal, era de 9% em 2006, passou para 15% em 2013 e encontrava-se em 2015 nos 17,3%.
Esta evolução prende-se, necessariamente, com o aumento dos factores do potencial desenvolvimento do risco, como o são a falta de reconhecimento financeiro e social pelo trabalho realizado, e o aumento das tarefas e duração das tarefas desempenhadas. A exposição a estes factores é de 72% para a função pública e de 69% para os trabalhadores do Privado.
O significado destes números está instrinsecamente ligado às políticas do trabalho, impostas em Portugal pela lógica liberalizante dos seus governantes e das instituições da UE, que banalizaram a precariedade, desperzaram a segurança e a estabilidade, retitraram confiança e futuro a milhares de trabalhadores. A correlação é óbvia: o desemprego e o receio do desemprego são os responsáveis pelo aumento das situações de esgotamento e do potencial de esgotamento.
Neste sentido, questionamos a Comissão sobre quais as medidas previstas para combater e prevenir o fenómeno do burnout.