Diversas associações empresariais e empresas vêm manifestando o seu protesto pelo aumento da factura eléctrica em 2011, decorrente da subida da tarifa de acesso às redes decretada pela ERSE. O aumento, sempre superior a 14%, é incomportável, e não foi anulado, nem sequer atenuado, conforme promessa do Governo, pela adesão ao regime de interruptibilidade.
De facto, o actual regime apenas beneficia os grandes consumidores, acima dos 4 MW de potência instalada.
Por outro lado, há comercializadores a denunciar, antecipada e unilateralmente, os contratos de fornecimento de electricidade, para uma posterior e previsível actualização de preços, onde são avançados valores de 10% a 15% no curto prazo (2/3 meses).
Ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, solicito ao Governo que, por intermédio do Ministro da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento me sejam prestados os seguintes esclarecimentos:
1. Que avaliação tem o Governo da situação referida? Quais as poupanças, por escalões de potência instalada, para as empresas que adiram ao regime de interruptibilidade previsto nas Portarias n.º 1308/2010 e n.º 1309/2010?
2. Quantas são as empresas acima de 4 MW de potência instalada aderentes ao regime? Quais os seus benefícios?
3. Face à situação descrita, quando e como vão ser corrigidas as Portarias referidas?
4. Quais os valores atribuídos aos apoios de cogeração e incluídos nos CIEG, por escalões de potência?
5. Que medidas estão tomadas pelo Governo para travar uma nova escalada na subida dos preços da energia eléctrica, a curto prazo, para as PME, que a actuação dos comercializadores prenuncia?
Pergunta ao Governo
Aumento da factura eléctrica, em 2011, decorrente da subida da tarifa de acesso às redes, para as empresas aderentes ao regime de interruptibilidade com potência instalada inferior a 4 MW
