Intervenção de Sandra Pereira no Parlamento Europeu

Aprovisionamento de gás

A atual situação mostra que a segurança do abastecimento energético não deve ficar dependente de contingências de mercado que, como tem estado à vista, a ameaçam. Na ausência do controlo público do setor, quando as condições de mercado não são atrativas para os agentes privados abastecerem os níveis mínimos que se consideram necessários por razões de segurança do aprovisionamento, os Estados são chamados a pagar a conta...
Se são os povos a pagar duplamente - as metas de armazenamento e as já elevadas faturas de gás -, porque insistem nesta “lógica de mercado”?
Reverta-se o processo de privatização e liberalização do sector energético que tanto tem lesado os povos!
Este Acordo e o seu procedimento urgente têm origem nas sanções impostas à Rússia que, assuma-se, afetam duramente os povos europeus e, se beneficiam alguém, é só os EUA. E daí advém também esta necessidade ou obrigação de os países garantirem certos níveis de reservas energéticas, correndo o risco de se substituir umas dependências por outras e de acrescerem impactos ambientais nocivos.

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