Em 2003-2010 observou-se uma descida significativa do número de explorações frutícolas e hortícolas (-39,1 %). Esta quebra é mais acentuada do que os declínios verificados a nível da totalidade da superfície agrícola útil (SAU) e do número total de explorações agrícolas (menos 0,7% e menos 20,0 %, respectivamente).
Naturalmente que este abandono significativo de milhares de explorações explica uma maior taxa de organização. Com efeito, em 2008-2010, a proporção do valor total da produção de frutas e produtos hortícolas da UE comercializada pelas organizações de produtores/associações de organizações de produtores passou de 43% em 2010 para 47% em 2012. Contudo, esta taxa continua baixa, assumindo grandes disparidades no seio da UE e continuando a deixar de fora milhares de pequenas e medias explorações familiares.
Perante esta situação, torna-se preocupante observar que apenas 1/3 dos fundos disponíveis foram efectivamente utilizados. Com efeito, o financiamento da UE às OPs representa apenas 1.1% da facturação quando o limite pode ir até aos 4.1%.
Neste sentido, pergunto à Comissão Europeia que medidas pensa levar a cabo para inverter esta tendência, designadamente ao nível das políticas de apoio às OPs e aos requisitos para o seu reconhecimento, no sentido de fazer com que os apoios da PAC cheguem de facto a quem precisa.