Numa visita recente às zonas florestais do Alto Minho, incluindo do Soajo, em Portugal, pude constatar que são ainda muito visíveis ainda as consequências dos graves fogos florestais que atingiram esta região nos últimos anos.

Em muitos casos, não foi retirado todo o material ardido e não foi realizada qualquer reflorestação, pelo que, hoje, renascem novas ameaças sobre inúmeros ecossistemas florestais. Entre outros, destaco a dispersão de espécies exóticas invasoras, as pragas e a escassez de prevenção relativamente a novos fogos florestais.

Impõe-se, pois, canalizar recursos financeiros suficientes, através de programas e medidas de apoio comunitárias, para a avaliação do estado ecológico e fitossanitário das florestas e para a sua requalificação, incluindo a reflorestação, dando preferência às espécies autóctones e às florestas mistas, a bem da sua resiliência e da biodiversidade.

Assim, solicito à Comissão Europeia que me informe do seguinte:

1. Que medidas já foram tomadas para apoiar as pessoas, incluindo agricultores, vítimas dos fogos florestais em Portugal, nos últimos dois anos?

2. Que medidas estão previstas para apoiar a prevenção de fogos florestais, designadamente, a limpeza da floresta, a vigilância e a colocação de equipamentos de apoio?

3. Que apoios existem para a reflorestação com espécies auctótones?