A empresa Comboios de Portugal EPE (CP) anunciou o encerramento do infantário que possui no Entroncamento no final do presente ano letivo.
Este infantário funciona há 25 anos e acolhe os filhos dos funcionários da CP e da REFER (já que foi vedado o acesso aos filhos dos trabalhadores da EMEF), prestando um importante apoio social às famílias daqueles trabalhadores. O infantário tem capacidade para acolher 50 crianças, tendo sido objeto de obras de requalificação em 2005.
Segundo a informação que foi dada aos pais das crianças, a decisão de encerramento não se deve a dificuldades financeiras, até porque os funcionários comparticipam nos custos do infantário pagando as suas mensalidades, mas a uma opção de gestão da empresa, o que se
afigura ainda mais incompreensível.
Acresce que este encerramento implicará o despedimento dos respetivos funcionários, com todas as consequências sociais e humanas daí decorrentes.
Num momento em que os trabalhadores portugueses passam por enormes dificuldades e em que as intenções de combater o desemprego e apoiar as famílias são insistentemente afirmadas no discurso governamental, é incompreensível que o Governo dê o seu assentimento à decisão da CP de encerrar o infantário do Entroncamento.
Nestes termos, ao abrigo da alínea d) do artigo 156.º da Constituição e da alínea d) do artigo 4.º do Regimento da Assembleia da República, pergunto ao Governo, através da Secretaria de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, se não tenciona tomar medidas para
evitar o encerramento do infantário da CP existente no Entroncamento.
Pergunta ao Governo N.º 3202/XII/1
Anunciado encerramento do infantário da CP no Entroncamento
