Intervenção de

Alterações climáticas e países em desenvolvimento no contexto da Conferência das Nações Unidas de Copenhaga

 

 

A abordagem à problemática das alterações climáticas tem sido truncada de aspectos essenciais e, sobretudo, enviesada pelas chamadas "soluções de mercado".

Os combustíveis fósseis asseguram hoje perto de 85% das necessidades energéticas mundiais. Uma abordagem consequente às alterações climáticas deve centrar-se em diminuir esta dependência.

Ao contrário, o principal instrumento proposto pela UE para conter as alterações climáticas – o mercado de carbono – deverá não só não contribuir para aliviar esta dependência, como constituir mesmo um obstáculo à necessária mudança de paradigma energético

A experiência mostra-nos que o comércio de licenças de emissão não conduziu a uma diminuição da emissão de gases de efeito de estufa, bem pelo contrário.

Diversos exemplos desmentem a virtuosidade da regulação pelo mercado. Outros tantos comprovam a eficácia da regulação normativa e do investimento dirigido, concretamente em matérias de impactos e salvaguarda do ambiente

Os problemas ambientais com que a humanidade hoje se confronta são múltiplos e diversificados. São de tal forma graves que ameaçam mesmo a existência de vida sobre a Terra, tal como a conhecemos. Mas dificilmente encontrarão solução no quadro do sistema irracional que os gerou.

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