Intervenção de Paula Baptista na Assembleia de República

Algumas conclusões saídas do Congresso do Partido Popular Europeu, realizado em Dublin

Sr. Presidente,
Sr. Deputado Filipe Lobo d’Ávila,
O senhor veio aqui trazer-nos o Congresso do Partido Popular Europeu, mas aquilo que os portugueses gostavam de saber, independentemente de quem são os candidatos para o Parlamento Europeu, são medidas e propostas concretas para uma Europa que se defronta com grandes problemas sociais, pelo que impõe-se que seja feito aqui o esclarecimento dessas medidas e dessas propostas concretas numa Europa com tantos problemas.
As perguntas que os portugueses poderiam levantar e que penso ser justo colocarem-se aqui são as seguintes: como é que se desenvolve o País nesta Europa com um QREN com menos dinheiro? Como é que se desenvolve Portugal nesta Europa com condicionantes macroeconómicas e com uma PAC (política agrícola comum) que não salvaguarda os interesses da produção nacional nem da sua soberania? Como é que se desenvolve este País nesta Europa com o resgate da troica, com medidas que acentuaram o desemprego, a flexibilidade laboral, os baixos salários e os sucessivos cortes nas pensões, reformas e salários? Como é que se desenvolve este País com o resgate da troica e com as medidas concretas de cortes na saúde e na educação?
Estas políticas levadas a cabo pela Europa e levadas a cabo por este Governo do PSD/CDS-PP são uma opção ideológica de submissão do poder político ao poder económico.
Sr. Deputado, deixo-lhe aqui uma pergunta muito concreta: como é que pretende convencer o povo português que tudo vai melhorar quando se mantêm fiéis às mesmas políticas que nos conduziram à situação política e económica de pobreza, de exclusão social, de desemprego e emigração do povo português?

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