Declaração de voto de Pedro Guerreiro no Parlamento Europeu

Ajuda humanitária à Faixa de Gaza

Após mais de 18 meses de desumano bloqueio, os 22 dias de brutal agressão israelita ao povo palestiniano na Faixa de Gaza causaram a morte de pelo menos 1324 pessoas e mais de cinco mil feridos, grande parte dos quais são crianças. Mais de 100000 pessoas foram deslocadas e mais de 15000 habitações foram destruídas. Infra-estruturas básicas e serviços públicos essenciais foram destruídos ou desmantelados, colocando em causa a resposta às necessidades mais elementares da população palestiniana.

Face a este hediondo crime, o Parlamento Europeu não tem uma palavra de condenação de Israel.

Sem dúvida que é urgente a ajuda à população palestiniana. Sem dúvida que é necessário reconhecer o sofrimento da população palestiniana. No entanto é impreterível denunciar e responsabilizar o agressor. Pelo contrário, a resolução insiste no branqueamento da agressão israelita à Faixa de Gaza, escondendo-a no que designa por "conflito". Uma agressão que se insere na estratégia de esmagamento da legítima resistência do povo palestiniano à ocupação e de inviabilização das condições necessárias para a criação de um Estado palestiniano.

A UE, sempre tão expedita a invocar os direitos humanos, logo os "esquece" relativamente a Israel, que coloniza há mais de 40 anos os territórios palestinianos da Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Leste.

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