O acesso universal à educação de qualidade e gratuita, em todos os níveis de ensino, é um factor fundamental para a promoção de sociedades mais justas e de um mundo sem as desigualdades que hoje o marcam em termos de níveis de desenvolvimento. Efectivamente, é entre os países mais pobres que se encontram os níveis mais baixos de qualificações académicas, de alfabetização e de literacia. Face a isto, a UE garante que as suas multinacionais tenham acesso aos mercados dos países com quem tem relações ditas de cooperação, mas tem vindo a reduzir sistematicamente, desde 2009, a ajuda específica à educação. Num contexto global onde 264 milhões de crianças e jovens em idade escolar não frequentam o ensino básico ou secundário. O relatório é crítico deste desinvestimento, pedindo que a educação seja colocada no centro das políticas de desenvolvimento da UE e dos Estados-Membros. Acrescenta que, segundo a UNESCO, para atingir o ODS4, a ajuda pública teria que ser seis vezes a actual. Defende-se o investimento em políticas de educação que garantam, até ao 12º ano, a gratuitidade e universalidade da educação, uma educação que seja inclusiva em termos de género e de grupos excluídos, inclusivamente para refugiados, ou que reforce a ligação com a saúde. Votámos favoravelmente.