Declaração de voto de Ilda Figueiredo no Parlamento Europeu

Agenda Social Renovada

Este é um relatório com muitas contradições, mas que, no fundamental, insiste nas orientações existentes do capitalismo neoliberal, embora atenuadas num ou noutro ponto, embora mas sem modificar as políticas de fundo que estão na origem da actual crise económica e social. A linha orientadora é a mesma de sempre. A "crise" é agora utilizada para, uma vez mais, "vender" a receita do "mais do mesmo": flexibilidade, mercado interno, parcerias público-privadas, etc, ignorando que as políticas da União Europeia estão também na origem da crise e contribuíram para o seu agravamento.

As "preocupações" correctas que inclui não abordam nem dão resposta às causas principais dos problemas identificados, designadamente quanto a políticas económicas, precariedade, liberalização e privatização de serviços públicos, etc.

Faltam respostas alternativas, designadamente quanto ao reforço do papel do Estado na economia, em sectores estratégicos e no aprofundamento de serviços públicos de qualidade, ou, ainda, na defesa do aumento dos salários e pensões, embora aborde a necessidade de uma melhor redistribuição da riqueza, mas sem apontar caminhos para a sua concretização nem defender as rupturas com as políticas que agravaram as desigualdades sociais.

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