Como parte da “Estratégia de Aviação para a Europa”, de Dezembro de 2015, a Comissão Europeia abriu negociações para acordos no domínio da aviação com vários países, asiaticos na sua maioria. Este relatório apoia a Estratégia, à qual nos opomos severamente. Em síntese, o seu objectivo: “Incrementar a exploração, degradar a soberania, promover a concentração capitalista”. Nos seus diversos capítulos – Estratégia para o Sector Aéreo, para a Navegação Aérea, para os Aeroportos, para a Assistência em Escala – encontramos formas diversas de servir os interesses das multinacionais europeias do sector; reduzir as normas de segurança operacional; acentuar as pulsões securitárias; subordinar o trabalho ao capital. Da Estratégia se poderia dizer que se desenvolve em duas etapas: 1) criar as condições para a concentração monopolista à escala europeia, por essa via dando “músculo” aos grandes grupos europeus do sector; 2) criar condições no plano internacional para as multinacionais europeias colonizarem novos mercados mundo fora. Objectivos que repudiamos em toda a linha. O relatório não esconde o tom zangado com o facto da liberalização não avançar com a velocidade que alguns querem. A insistência nas questões multimodais e nas necessidades de uniformizar direitos dos passageiros para que elas sejam possíveis, dá a ideia de quererem evoluir para a desregulamentação por cima. Votámos contra.