O embargo da Rússia à importação de bens alimentares produzidos na União Europeia já está a ter um efeito profundamente negativo em Portugal. Portugal tem exportado um vasto conjunto de produtos alimentares, destacando-se o tomate, (5,2 milhões de euros), carnes suínas (quatro milhões de euros), e fruta (2,8 milhões de euros).
O efeito da proibição russa continua a provocar fortes descidas nos mercados Europeus. Desde inícios do mês de Setembro a Alemanha, Espanha, França e Holanda sofreram descidas de 0,25, 0,21, 0,18 e 0,16 €/kg, respectivamente. Os preços também desceram de forma importante na Dinamarca, Bélgica, Itália, Reino Unido, Polónia, Hungria e Portugal.
Perante esta situação, os agentes portugueses têm procurado abrir novos canais de exportação, designadamente para a América Latina. Sucede que, no que toca particularmente ao Brasil, e apesar das boas perspectivas de negócio, os processos encontram-se bloqueados por parte das autoridades sanitárias brasileiras que alegam não terem técnicos suficientes para certificar na origem (em Portugal) a qualidade sanitária dos produtos.
Pergunto à Comissão Europeia se têm conhecimento destes factos e se está ou não disposta a intervir no sentido de desbloquear estes processos e facilitar assim a exportação de carne suína para aquele país.