É lamentável que este Parlamento não sirva sequer para, pelo menos, teoricamente, defender os direitos da mulher e os direitos sexuais e reprodutivos. Direitos esses que, é preciso lembrar, foram conquistados devido à luta, durante décadas, de muitas pessoas, e sobretudo, à luta árdua das mulheres. Sabemos que se esta lei for para a frente em Espanha vai afectar e vai pôr em causa a saúde de muitas mulheres, sobretudo, das camadas mais desfavorecidas. Com isso, parece que ninguém se preocupa. E é importante também dizer que aqueles que têm tanta preocupação com os embriões e com os fetos são também aqueles que defendem políticas que negam às pessoas o direito à educação, o direito à saúde, o direito ao emprego, o direito a uma vida digna. É, no fundo, uma hipocrisia.