O povo angolano comemora o 50.º aniversário da independência de Angola, proclamada a 11 de Novembro de 1975.
Quando se comemora a libertação do povo angolano da exploração e opressão do colonialismo português e a constituição da República Popular de Angola – momento histórico em que os comunistas portugueses estiveram representados com uma delegação em Luanda –, o PCP presta homenagem ao patriotismo, espírito revolucionário e coragem dos combatentes do MPLA, que, à custa de enormes sacrifícios e de uma heróica luta armada de libertação conduziram o povo angolano à conquista da independência nacional.
Nos 50 anos decorridos desta sua vitória maior, o povo angolano teve de lutar para enfrentar as consequências da pesada herança colonial, defender a soberania e independência nacional face às ingerências e agressões externas, responder aos justos anseios do povo angolano à paz e ao progresso social.
A vitória da luta em defesa da soberania, independência e integridade territorial de Angola – de Cabinda ao Cunene –, que contou com a solidariedade internacionalista da URSS, de Cuba e de outros países e povos, constitui um decisivo contributo para a libertação do colonialismo e dos regimes racistas e de apartheid por parte dos povos da África Austral.
O PCP orgulha-se de ter estado sempre solidário com a luta libertadora dos povos das antigas colónias portuguesas, nomeadamente com a luta do povo angolano, considerando que essa luta foi aliada da sua própria luta e da do povo português contra a ditadura fascista.
As relações de fraternal amizade e solidariedade estabelecidas desde o primeiro momento entre o PCP e o MPLA são uma expressão da aliança do povo português e dos povos das ex-colónias portuguesas na luta contra o inimigo comum, o fascismo e o colonialismo português.
O derrubamento do fascismo com a Revolução de Abril e a conquista da independência pelos povos sob o domínio do colonialismo português são inseparáveis.
50 anos depois, numa situação internacional em que se multiplicam os ataques à soberania e aos direitos dos povos e se adensam sérios perigos para a paz mundial, torna-se particularmente necessária e urgente a cooperação e a convergência das forças anticolonialistas e anti-imperialistas, dos países e povos que pugnam pela paz e o progresso social.


