30 mil exigem a rejeição do Pacto de Agressão

Foi uma impressionante manifestação, aquela que o PCP promoveu esta tarde em Lisboa, que trouxe mais de 30 mil pessoas à rua contra o pacto de agressão e por um Portugal com futuro. Se a maioria eram militantes comunistas, muitos milhares não o eram, mas sentem as análises, as propostas e a luta como se fossem as suas próprias.

Com uma combatividade impressionante, os manifestantes trouxeram para as ruas os problemas, aspirações e lutas dos trabalhadores e do povo - contra a exploração e as desigualdades, contra a destruição dos serviços públicos e funções sociais do Estado, contra a extinção das freguesias - e afirmaram inequivocamente a sua determinação em construir uma outra política, patriótica e de esquerda.

Na sua intervenção, numa Praça dos Restauradores tingida de vermelho das bandeiras do PCP, Jerónimo de Sousa sugeriu que se introduzisse nas lutas dos trabalhadores e do povo uma nova palavra de ordem: "rejeitemos o pacto de agressão enquanto é tempo. Punhamos fim a esta política antes que esta política dê cabo do resto do Pais e destrua a vida de milhões de portugueses."

Aos presentes - aqueles que todos os dias travam a necessária luta de resistência - o Secretário-Geral do PCP apelou a que contribuam para intensificar e multiplicar a luta dos trabalhadores e o povo, para ampliar a convergência e intervenção de todos os democratas e patriotas que não se conformam com a liquidação da soberania do seu país, para reforçar a iniciativa política do Partido e alargar a corrente dos que reconhecem no Partido o mais sólido espaço de resistência e da alternativa.

A força que emanou da manifestação deu razão à afirmação de Jerónimo de Sousa: "Saímos daqui convictos e confiantes de que é possível vencer, trazendo mais e mais portugueses para a luta patriótica de exigência de rejeição do pacto de agressão, alargando a corrente da esperança na possibilidade de mudança e de concretização de uma nova política alternativa. A luta, sem dúvidas, continua.