No passado dia 7, numa reunião no Luxemburgo, os ministros dos Assuntos Sociais da UE admitiram que o número de pessoas em situação de exclusão ou de pobreza possa ser cifrado em 120 milhões. Esta estimativa resulta da adopção, para além do critério clássico que considera em "risco de pobreza" qualquer pessoa que aufere menos de 60 por cento do rendimento médio nacional, outros dois indicadores que, conjuntamente com o primeiro, elevam o número de pobres para 120 milhões (face aos 85 milhões anteriormente estimados).

Em face do exposto, pergunto à Comissão:

1. Não considera que a dimensão do fenómeno da pobreza na UE justifica a consideração de medidas adicionais de combate a este flagelo? Que medidas adoptou ou pensa adoptar?

2. Não considera necessária uma revisão do objectivo de retirar da pobreza 20 milhões de cidadãos até 2020, ou seja, de acordo com a nova estimativa, apenas um em cada seis pobres de facto?

3. Procedeu a Comissão a alguma avaliação intercalar das acções desenvolvidas no âmbito do Ano Europeu de Luta Contra a Pobreza e a Exclusão Social? Que conclusões daí retira quanto aos seus resultados práticos?