Declaração de

«O anticomunismo não passará! - No Cazaquistão e na Geórgia

Quase 40 partidos comunistas e operários (PCO’s) de todo o mundo subscreveram uma declaração conjunta que repudia a ofensiva anticomunista no Cazaquistão e na Geórgia.

«Na era pós-soviética, a histeria anticomunista está de novo plenamente em marcha. Na véspera do aniversário da liquidação do poder soviético em Moscovo, em 1993, um tribunal do Cazaquistão suspendeu a actividade do Partido Comunista», começa por dizer o documento.

«O regime governante – explica-se – usou um pretexto ridículo para ilegalizar o PC do Cazaquistão», cujo foi a participação do seu primeiro secretário, Gaziz Aldamjarov, num encontro de uma organização cidadã não inscrita nos registos governamentais. Antes, já «numerosos activistas do partido foram objecto de perseguição policial», lembra ainda a nota, que exemplifica com o caso da dirigente de uma organização regional, Nurijash Abdrimova, «condenada a uma pesada multa por se ter dirigido aos trabalhadores da KasMunaiGas em greve».

Para os PCO’s, «a suspensão da actividade do Partido é mais um acto da odiosa tirania das autoridades cazaques. O regime semimonárquico de Nazarbaev não tolera a única força de oposição no país, que forma a consciência de classe, luta valorosamente contra os despedimentos massivos e a depauperação dos trabalhadores, e combate consequentemente pela amizade entre as nações».

Precedentemente, acrescenta-se ainda na declaração, «o parlamento da Geórgia, sob as ordens de Saakashvili [presidente do país], aprovou uma lei persecutória que proíbe os membros do antigo Partido Comunista da União Soviética e da Liga da Juventude Comunista, assim como ex-empregados de instituições soviéticas, de ocuparem cargos na Administração Pública ou leccionarem nas universidades».
No documento, que continua aberto à subscrição de outros partidos irmãos, os PCO’s condenam «energicamente o anticomunismo bárbaro e cavernícola» nas duas ex-repúblicas soviéticas e concluem que «o anticomunismo não passará!».

O texto foi até agora assinado pelo PC da Federação Russa, União dos Partidos Comunistas – PCUS, PC da Ucrânia, PC da Bielorrússia, Partido dos Comunistas da República da Moldávia, PC da Arménia, PC do Azerbeijão, Partido dos Comunistas do Quirguistão, PC da Ossétia do Sul, PC da Abecázia, PC Trasndeniestriano, PADS da Argélia, PC do Bangladesh, Partido dos Trabalhadores da Bélgica, PC da Grã-Bretanha, Novo PC da Grã-Bretanha, PC da Boémia e Morávia, PC Francês, PC da Grécia, Partido do Trabalho do Irão – Tudeh, PC de Israel, Partido dos Comunistas Italianos, PC Libanês, Frente Socialista do Povo da Lituânia, PC do Luxemburgo, PC do México, PC da Noruega, PC do Paquistão, PC Palestiniano, PC das Filipinas, Partido Comunista Português, Novo PC da Jugoslávia, Partido dos Comunistas da Sérvia, PC Sul-Africano, PC dos Povos de Espanha, PC da Suécia, PC Sírio e PC da Turquia.

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