Perguntas e propostas

Responsabilidades da UE no aumento brutal dos preços da electricidade e medidas a tomar

Ao longo dos anos, a UE impôs a liberalização e privatização do sector eléctrico, que pressupôs, em vários países, a destruição de empresas públicas, que foram segmentadas, e conduziu ao aumento da factura energética dos consumidores finais — famílias e empresas, que passaram a pagar os
lucros (oligopolistas) das empresas privadas.

O fim da integração vertical e a segmentação da cadeia decompôs custos de produção e transferiu para os consumidores finais custos que eram anteriormente absorvidos pelos lucros de uma empresa única.

Aumento do custo dos fertilizantes

No último Conselho de Agricultura, realizado a 11 de outubro, no Luxemburgo, vários ministros de países da UE discutiram o impacto negativo do aumento dos preços dos fertilizantes nos mercados agrícolas.

Sobre a decisão do Tribunal relativa aos acordos celebrados entre o Conselho da UE e o Reino de Marrocos

O Tribunal Geral da União Europeia decidiu, no passado 29 de Setembro, nos processos T-279/19, T-344/19 e T-356/19, que opunham a Frente Polisário ao Conselho, anular as alterações efectuadas em 2019 ao acordo de parceria comercial bem com o acordo de pescas sustentável celebrados entre
o Conselho da UE e o Reino de Marrocos.

Sobre os impactos das ajudas directas e indirectas à Ryanair

A Ryanair é uma empresa que, como outras companhias de aviação 'low cost', tem beneficiado de inúmeras “ajudas de Estado”, directas (com financiamentos directos de organismos públicos dos Estados-Membros, associações de turismo enquanto entidades públicas ou mistas) ou indirectas
(preços de serviços associados à actividade, como a utilização de slots nos aeroportos ou serviços de handling), atribuindo vantagens sobre outras concorrentes, como é o caso da TAP em Portugal.

Possíveis impactos da reabilitação energética do edificado no mercado de arrendamento II

A resposta à pergunta E-003827/2021, é insuficiente e evasiva, sem corresponder a uma resposta de facto à questão colocada.

A noção de que "A maioria das medidas de renovação e de poupança de energia não exige que os moradores desocupem os edifícios" não responde ao risco real, de que essas intervenções de renovação possam redundar em efeitos perversos nomeadamente, como anteriormente coloquei, que os senhorios invoquem a necessidade de realizar «obras profundas» como pretexto para impor aumentos incomportáveis dos valores das rendas de que podem decorrer processos de despejos.

Sobre as interferências da Comissão Europeia na definição do conteúdo dos planos nacionais de recuperação e resiliência

Na sequência da resposta à pergunta escrita (E-00279/2021) sobre as interferências da Comissão Europeia na definição do conteúdo dos planos nacionais de recuperação e resiliência, pergunto:

1. A que modificações obrigou a CE e com que fundamento/“requisitos legais”, durante o mencionado “diálogo construtivo”?

2. Há ou não reformas acordadas e não escritas na versão aprovada?

Sobre os apoios aos incêndios de Castro Marim, Tavira e Vila Real de Santo António

Em visita a locais do incêndio que teve lugar nos dias 16 e 17 de Agosto deste ano, deflagrado em Castro Marim e que atingiu os concelhos de Tavira e Vila Real de Santo António, pude constatar a destruição de milhares de hectares de matos e florestas, de habitações, infraestruturas e
equipamentos. A perda de biodiversidade e prejuízos diversos estão ainda por calcular.

Encerramento da Saint-Gobain

A multinacional Saint-Gobain a operar em Santa Iria da Azóia anunciou a intenção de encerrar a atividade produtiva, com o consequente despedimento de profissionais altamente qualificados na transformação de vidro automóvel e prejudicando a economia regional e nacional. Esta empresa tinha recentemente executado um plano estratégico que incrementou a produção, sendo, por isso, ainda mais incompreensível a decisão de fechar a atividade produtiva da fábrica.

No âmbito do Portugal 2020, a Saint-Gobain recebeu financiamento comunitário no valor de 1.585.863 EUR.
Pergunto:

Ajudas ao sector leiteiro

No âmbito das políticas agrícolas impostas pela UE aos agricultores dos diferentes Estados-Membros, o sector do leite e os seus produtores são dos mais afectados, desde logo pelo fim do regime das quotas leiteiras que originou uma diminuição brusca dos preços.

Os produtores de leite portugueses enfrentam neste momento uma grave crise devido ao preço do leite. Afirmam que há 20 anos que não há uma actualização enquanto todas as outras bebidas têm tido uma linha de subida de preços e sentem-se prejudicados pelos preços esmagadores que se
praticam nas grandes superfícies.

Encerramento da Dielmar

A empresa do sector têxtil Dielmar, na freguesia de Alcains, concelho de Castelo Branco, pediu insolvência ao fim de 56 anos de actividade. Esta empresa, que recebeu apoios públicos durante a pandemia, empregava mais de 350 trabalhadores que receberam a notícia durante o período de
férias.

Trata-se de uma empresa com uma importância estratégica para a região, cujo encerramento pode agravar a desertificação deste concelho do interior bem como as condições de vida destas populações.