Intervenções

Relatório sobre as operações de apoio à paz-o compromisso da UE com a ONU e a União Africana

Contrariamente às profecias dos anos noventa que anunciavam uma era de paz, de segurança e de prosperidade, vivemos hoje num mundo mais perigoso, com mais guerras e mais desigualdade e miséria.

Estas guerras, quase sempre disfarçadas com intenções humanitárias, reflectem a necessidade dos países ricos e dominarem as grandes reservas de matérias-primas. Para isto fomentam a corrupção

Soluções tecnológicas para a agricultura sustentável na UE

O relatório contém aspectos positivos e relevantes. Contudo passa ao lado da realidade. E a realidade diz-nos que hoje, no mundo ocidental, produz-se comida à mais, paga-se para eliminar produtos alimentares.

A tecnologia aplicada hoje à agricultura tornou-se num problema é não em qualquer solução milagrosa para um problema que é política e que só acabará com um novo modelo económico de produção e distribuição.

Regras contra algumas práticas de evasão fiscal

Os objectivos desta directiva são louváveis. Contudo, e isto é evidente a cada dia que passa, o grande desígnio anunciado pela comissão em 2015, no auge dos escândalos fiscais e no auge da indignação da opinião pública, confronta-se com a realidade. Em nome do pragmatismo, ou seja, em nome a hipocrisia dos governos dos países que criaram as condições para isentar as grandes multinacionais do pagamento de impostos, temos hoje uma proposta da comissão minimalista que não corresponde minimamente às legítimas expectativas dos cidadãos.

Assistência macrofinanceira adicional à Tunísia

Somos favoráveis ao princípio da cooperação internacional e à ajuda de países que atravessam pelos mais diversos motivos dificuldades económicas.

Contudo, esta cooperação deve ser genuína e baseada no respeito pela soberania dos Estados e pelo seu direito de poder dispor dos seus recursos e escolher o seu modelo de desenvolvimento.

Revisão intercalar do Plano de Investimento

Os últimos dados sobre a execução do fundo europeu de investimentos estratégicos confirmam as críticas que fizemos no seu lançamento.

Dissemos então que os factos eram irrealistas.

Dissemos que este plano não correspondia às necessidades de relançamento da economia.

Dissemos finalmente que este plano não era neutro porque, sem critérios de repartição geográfica, favorecia os países mais ricos e representava um autêntico banquete para as grandes empresas através das PPP.

Relatório sobre a avaliação das IAS e as actividades da fundação IFRS, do EFRAG e do PIOB

As normas internacionais de contabilidade constituem uma parte importante do quadro regulamentar e de supervisão da UE em matéria de serviços financeiros. Estas normas interagem com uma grande variedade de actos da regulamentação da UE sobre serviços financeiros, nomeadamente no domínio da regulamentação prudencial. Acompanhamos, o relatório sobre o papel central das normas de contabilidade para o desenvolvimento de um mercado mais transparente e mais legível para a comunidade.

Sobre a criminosa política de migração da União Europeia

Sr. Avramopolous

A UE insiste em empurrar com a barriga a grave crise humanitária com que se confronta. Externaliza as suas fronteiras, esperando conter o êxodo de refugiados no qual tem responsabilidades directas, força da sua política de ingerência e agressão no Norte de África e no Médio Oriente.

Sobre a agenda das novas competências para a Europa

Sob o pretexto dos elevados níveis de desemprego na União Europeia, afirma-se a intenção de cumprir um objectivo da Europa 2020 que assume que um quarto da população em idade activa permaneça, pasme-se, no desemprego ou em formação.

Nova aliança para a segurança alimentar e nutricional

Estamos perante uma iniciativa que envolve o G8, várias multinacionais e parcerias público-privado, através das quais, garantem-nos, se pretende retirar da pobreza e da fome milhões de pessoas em África.

A desfaçatez dos promotores não esconde ao que vêm: para “acelerar o fluxo de capital privado”, a pretensa caridade das multinacionais exige modificações políticas que lhes facilitem o negócio. Porque afinal de contas é disso que se trata: “Business, as usual”!

Práticas comerciais desleais na cadeia de abastecimento alimentar

Face a sucessivas denúncias de produtores que sobrevivem (os que sobrevivem) com a corda na garganta, a Comissão Europeia tem o peculiar e muito conveniente entendimento de que, por definição, no mercado interno não há dumping. Mas a verdade é que continuam a aparecer nas prateleiras dos supermercados, todos os dias, produtos a preços impossíveis, inferiores aos custos de produção, que arrasam os produtores; e que tendem a arrasar sectores de produção nacionais inteiros.