Intervenções

Para onde nos querem empurrar com a guerra?

Sr. Deputado, a humanidade está hoje perante o risco real de uma confrontação entre potências nucleares.

O ponto a que nos levou a escalada do conflito na Ucrânia dura há mais de dez anos.

E é nesta situação que nós estamos hoje.

O sr. Deputado acabou de concluir a sua intervenção quase com um apelo ao reforço dessa escalada de guerra.

E a questão que eu lhe coloco é: para onde é que nos querem levar?

Estamos solidários com a justa luta dos trabalhadores

Aumento geral dos salários e pensões.

Valorização das carreiras e condições de trabalho.

Reforço do investimento público na habitação e na capacidade de resposta dos serviços públicos na saúde, na educação, na segurança social e na cultura. Apoio aos setores produtivos e ao desenvolvimento científico e tecnológico.

Mais meios e outras políticas produtivas para travar a perda de biodiversidade

Os números da perda de biodiversidade atingem hoje ritmos que os especialistas consideram sem precedentes no período da história da humanidade.

Não basta o anúncio de metas para travar esta tendência, nomeadamente em protocolos internacionais.

Aliás, a UE conhece bem o fracasso dessa abordagem, gorados os objectivos de travar a perda de biodiversidade nos territórios dos seus Estados-Membros até 2020.

Erradicar a violência sobre as mulheres é um combate pela democracia

A luta por uma vida livre de exploração, discriminação e desigualdades é uma luta milenar do ser humano.

Mas o reconhecimento dos direitos das mulheres faz parte apenas da história recente e, em muitos casos, ainda hoje é apenas uma proclamação sem consequência concreta na vida das mulheres.

Os trabalhadores do INEM não são responsáveis pelas políticas que lhes impõem!

Sr. Presidente,

Em Portugal vive-se neste momento uma situação difícil em relação aos cuidados de saúde e, em particular, na área de emergência médica e do INEM.

E neste Parlamento sentam-se alguns dos responsáveis por essas dificuldades que se fazem sentir em Portugal.

A decisão de Israel de proibir a acção humanitária da UNRWA é desumana e intolerável

Senhora Presidente,

O parlamento israelita decidiu impedir a acção da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente. Esta decisão desumana e intolerável deixa centenas de milhar de palestinianos sem ajuda humanitária, impondo uma brutal degradação das suas já débeis condições de vida.

O caminho do desenvolvimento é o da distribuição mais justa da riqueza

A produtividade do trabalho tem vindo a aumentar sempre acima da evolução dos salários reais.

A consequência disto é a transferência de riqueza criada pelos trabalhadores para o capital.

E esse problema só pode ser resolvido aumentando os salários e garantindo uma distribuição mais justa da riqueza criada.

Essa é a questão de fundo.

Mas este debate sobre a competitividade centra-se apenas na comparação concorrencial com os Estados Unidos e a China.

O discurso do PSD sobre o investimento na educação é uma contradição com a prática

Senhor Deputado Sérgio Humberto, falou na sua intervenção da importância da educação e da formação para a qualificação dos trabalhadores.

E eu quero que nos diga como é que isso se faz aceitando as restrições orçamentais que a União Europeia nos impõe?

Reforçar o sector ferroviário com investimento e gestão pública

Não foi por causa de uma dita “fragmentação” do espaço ferroviário ‘europeu’ que Portugal perdeu a sua ligação internacional ferroviária, recuando 100 anos. Ou que perdeu 1200 quilómetros de linhas férreas. Isso aconteceu no quadro das políticas da União Europeia, que promoveram o desinvestimento público neste sector estratégico.

As políticas liberais são um dos maiores problemas do sector ferroviário

Obrigado, senhor Presidente.
Senhora Deputada Ana Vasconcelos, trouxe-nos aqui preocupações com a ferrovia e eu queria perguntar-lhe porque é que não faz a crítica, o mea culpa, às políticas de liberalização do sector que têm forçado as privatizações e a concentração do sector ferroviário nas mãos das multinacionais?