Declaração de Carlos Carvalhas sobre os resultados eleitorais, 17.03.2002

Carlos Carvalhas, Comício de Lisboa, Pavilhão Carlos Lopes, 14.03.2002

Carlos Carvalhas no Encontro Regional da Juventude CDU no Alentejo - 10.03.02

Carlos Carvalhas na Amadora - 09.03.02

Carlos Carvalhas,
no jantar do Dia Internacional da Mulher - 08.03.02

Carlos Carvalhas,
Encontro "Trabalhadores com a CDU",
Lisboa - 07.03.02

Carlos Carvalhas,
Festa-Comicio da CDU, Porto - 02.03.02

Vítor Dias,
concentração de protesto junto à SIC

Carlos Carvalhas,
Festa-Comício da CDU, Coliseu, Lisboa - 23.02.02

Carlos Carvalhas,
jantar com empresários, Palmela - 18.02.02

 


Páginal inicial do PCP

Intervenção de Carlos Carvalhas
no Comício no Pavilhão Carlos Lopes,
em Lisboa, em 14/03/02

Estamos a aproximarmo-nos do termo desta campanha, e de uma campanha da CDU que, contra a corrente dominante, tem sido dirigida à inteligência e reflexão dos portugueses e de uma campanha da CDU que se orgulha de ser sustentada na acção e intervenção de milhares de activistas, cuja generosidade, determinação e esforço daqui saudamos calorosamente.

Travámos em todo o país um grande combate de esclarecimento - e assim continuaremos até ao último minuto - contra todos aqueles que estão muito interessados em transformar as eleições num mero e enganador concurso de promessas ou num campeonato de marketing para que se esqueça quantas vezes fizeram o contrário do que agora prometem, quantas vezes votaram contra e inviabilizaram propostas do PCP que agora, sem vergonha nem escrúpulos, também dizem defender.

Desenvolvemos um grande combate de esclarecimento - e assim continuaremos até à meia-noite de amanhã - para que estéreis e mesquinhas polémicas destinadas a avivar reacções emocionais não matassem a discussão séria da situação do país e dos graves problemas que preocupam os portugueses, os direitos por cumprir, as injustiças gritantes, as aspirações e reclamações de quem vive do seu trabalho.

Animámos um grande combate de esclarecimento - e nesse caminho estaremos até ao fim - para enfrentar os truques daqueles, como o PSD, que esteve 10 anos seguidos sozinho no Governo e teve nas mãos durante 14 ou 16 anos consecutivos (de 79 a 95) pastas tão importantes como a saúde, a educação, a justiça, o comércio ou a agricultura e, apesar disso, quer convencer o país que agora é que vai ser o que nunca foi; ou como o PS que governou da forma que se sabe, nos últimos seis anos e que, só porque mudou de líder, nos quer convencer que vai tudo começar do zero e que também "agora é que é".

Erguemos em todo o país uma grande e essencial acção de esclarecimento - que continuará viva ainda amanhã - para que o empolado e fabricado antagonismo eleitoral entre o PS e o PSD não faça esquecer quantas importantes convergências e acordos tiveram nos últimos seis anos, quantas vezes se exibiu perante o país esse "bloco central" de interesses, conveniências e opções fundamentais que tanto tem prejudicado o país e sacrificado os valores, propostas e objectivos de esquerda.

E, finalmente, travámos um grande e difícil combate de esclarecimento para que os eleitores nos possam julgar, não na base de caricaturas maldosas e mentirosas e não na base do preconceito e da desinformação, mas antes com base numa detalhada prestação do trabalho que desenvolvemos na Assembleia da República e fora dela e que aliás PS e PSD não apresentaram, do nosso vasto património de acção e intervenção que plenamente honra os nossos compromissos eleitorais de 1999 e que é a melhor garantia da incomparável utilidade do voto na CDU no próximo domingo.

E é exactamente porque entendemos que as campanhas eleitorais são, ou deveriam ser, momentos de esclarecimento indispensáveis à construção consciente da opinião dos eleitores, que trouxemos como nos competia para o debate eleitoral os principais problemas com que Portugal e os portugueses se confrontam.

Apresentámos e divulgámos as propostas e orientações indispensáveis para dar corpo a uma política de esquerda, capaz de assegurar o desenvolvimento do país, defender e valorizar a sua economia, garantir serviços públicos de qualidade e essenciais, elevar as condições de vida, dignificar o trabalho e combater as desigualdades.

Se alguma coisa esta campanha revela e evidencia é que perante os portugueses se coloca a oportunidade de escolherem no próximo Domingo bem mais do que entre duas variantes de políticas em muito idênticas, que à força se lhes quis vender como únicas, apoiando e confiando em quem de forma distinta apresenta soluções e uma política capaz de romper com 16 anos de governos do PS e do PSD.

Atarefados que andam em tentar em encontrar assuntos que disfarcem a larga zona de coincidências que partilham em importantes orientações e opções programáticas, atarefados que andam em encontrar temas e polémicas para entreter os eleitores - dos estádios de futebol ao alegado perigo de uma nova guerra mundial - PS e PSD não têm tido tempo para se ocupar de assuntos miúdos tais como os salários, a recuperação do poder de compra, o direito ao trabalho e os direitos no trabalho.

E talvez atarefados pelo ruído ostentado pela disputa entre si sobre o papel de melhor cumpridor das imposições monetaristas da União Europeia, da redução do défice e da despesa pública, se remetam ao mais comprometedor silêncio sobre novas e graves decisões que a União Europeia prepara com consequências para a vida dos trabalhadores e dos povos.

E embora o país o desconheça, a verdade é que começa amanhã o Conselho Europeu de Barcelona no maior dos silêncios sobre as implicações que as suas decisões podem ter para o país.

Num país onde a opinião pública continua arredada do processo da "construção europeia", é particularmente significativo que este assunto tenha estado praticamente ausente do discurso eleitoral do PS e do PSD, certamente para evitar a exposição das flagrantes coincidências de fundo que nesta matéria se verificam. E para esconder que é a CDU que protagoniza uma alternativa de soberania e progresso económico e social.

Em Barcelona vão estar em cima da mesa propostas visando acelerar os processos de privatização e liberalização de serviços públicos, nomeadamente nos sectores de energia, dos transportes e das telecomunicações, assim como medidas visando a contenção salarial, a flexibilização e a mobilidade da força de trabalho, o aprofundamento da criação de fundos de pensões privados.

Todas estas são questões da maior importância. Traduzem o aprofundamento das orientações neoliberais gravemente lesivas dos interesses populares e imposições do grande capital e das grandes potências que se manifestam em muitos outros domínios como o das reformas institucionais de sentido abertamente federalista ou no processo de militarização da União Europeia. Receosos de dar o passo em tempo de eleições de tornar público o seu apoio a estas orientações, PS e PSD preferem refugiar-se discretamente por detrás de um silêncio cúmplice.

Pela nossa parte, queremos reafirmar a nossa oposição a este caminho que prejudica gravemente os interesses e a soberania de Portugal e nova opção e a nossa luta por uma outra Europa, dos trabalhadores e dos povos, de paz e cooperação entre países soberanos e iguais em direitos.

Insistimos na exigência de uma política de verdadeira coesão económica e social, nomeadamente no quadro de um futuro alargamento da União Europeia., na eliminação dos constrangimentos do Pacto de Estabilidade, na defesa do tecido produtivo nacional.

É indispensável que o país seja informado das posições que o governo venha a tomar na Cimeira de Barcelona, nomeadamente quanto à dramática questão da Palestina. É inquietante que, perante o dramático agravamento da situação e a brutalidade da ofensiva do governo de Ariel Sharon, a declaração da União Europeia do passado dia 8 se tenha limitado a aplaudir a visita do vice-presidente dos EUA ao Médio Oriente e o que chama de "maior empenho dos EUA na procura de uma solução para o conflito" quando é manifesto que uma tal visita se inscreve nos preparativos para uma agressão militar dos EUA ao Iraque e outras países da região.

É nossa convicta opinião que Portugal se deve bater para que a União Europeia. rompa definitivamente com o seu seguidismo em relação aos EUA, condene frontalmente a política desumana e terrorista de Israel, promova o urgente envio de observadores para a Palestina, assim como apoios imediatos que visem minorar a dramática situação da população palestiniana.

E deste comício queremos manifestar a nossa activa solidariedade à luta heróica do Povo Palestiniano contra a agressão e ocupação por Israel. E num momento em dentro de Israel cresce a força e se eleva a voz dos que se opõe à orientação terrorista do governo de Ariel Sharon daqui queremos reafirmar o nosso apoio ao reconhecimento dos direitos nacionais do povo palestiniano incluindo o direito ao seu próprio Estado independente e soberano com capital em Jerusalém.

Como todos estamos a ver, agora na recta final da campanha, crescem os apelos seja do PSD seja do PS a uma maioria absoluta, cada um procurando impingir a ideia de que seria nisso que estaria a chave para o progresso do país e a estabilidade política.

O líder do PSD, que deve julgar que os portugueses não têm nenhuma memória, acaba mesmo de inventar essa delícia que é proclamar que a maioria absoluta é que permitiria a um hipotético Governo do PSD resistir melhor às pressões dos lóbis ou grupos de interesses.

Mas, a respeito deste sofisma, só queremos dizer uma coisa muito simples: é que, atendendo à longa e comovente história de "independência" e "firmeza" do PSD e dos seus governos face aos lóbis e que o país conhece de ginjeira, uma maioria absoluta do PSD o que significaria era tirar os lóbis dos corredores do poder, dos telefones, dos jantares e almoços em hotéis e restaurantes de cinco estrelas e levá-los directamente para o governo de Portugal e para a mesa das reuniões do Conselho de Ministros.

Por sua vez, o líder do PS pede a maioria absoluta sempre insinuando ou afirmando que as maiores dificuldades do PS nos últimos anos residiram sobretudo no facto de a não ter tido.

A este respeito, só queremos dizer uma coisa também muito simples : é que o líder do PS deve ter vivido nos últimos anos num país diferente daquele em que todos nós vivemos. Porque neste país em que todos nós vivemos, estamos agora a ter eleições antecipadas não porque o Governo do PS tenha sido derrubado na Assembleia da República mas porque o seu Primeiro Ministro atirou a esponja para o ringue, depois de uma derrota nas autárquicas e sobretudo depois do desgaste sofrido em consequência de uma política errada assente em múltiplas cedências à direita, depois de anos e anos em que o PS andou a alimentar a direita com bifes do lombo para depois se vir queixar que a direita engordou.

Além disso, é de facto preciso muita imaginação, para não dizer outra coisa, para querer convencer os portugueses que teria sido a falta de uma maioria absoluta que teria feito o PS e o seu Governo nos dois últimos anos envolverem-se em toda uma interminável série de escândalos, demissões de ministros e remodelações, crises e mini-crises dentro da sua própria casa.

Não, amigos e camaradas, a maioria absoluta de um só partido não faz nenhuma falta ao país e à solução dos problemas nacionais.

Sim, amigos e camaradas, a maioria absoluta de um só partido só faz falta ao clientelismo do partido do governo, à arrogância, ao autismo perante as realidades, ao desprezo pelas críticas e opiniões diferentes, à sobranceria e impunidade da política de direita, seja quais forem as suas modalidades.

À beira do fim da campanha, muitas indicações nos levam a dizer aqui, com toda a clareza, que o que pode decidir de um bom resultado da CDU no domingo é a atitude que for assumida por algumas dezenas de milhar de cidadãos que estão desiludidos com a política até aqui seguida e muitos dos quais até é na CDU que mais se reconhecem, até sabem perfeitamente que a CDU é a força mais coerente e consistente na defesa dos trabalhadores e das aspirações populares, até sabem e dizem que é a CDU que apresenta propostas sérias para responder a tantas e tão prementes inquietações dos portugueses. Mas que, ao mesmo tempo, ou estão sujeitos a toda uma impressionante mas indigna campanha de fomento da "bipolarização", ou estão a ser bombardeados pela ideia falsíssima de que seria preciso votar PS para derrotar a direita, ou muito simplesmente estão dominados pelo desencanto com a marcha da vida política portuguesa, desgosto, perderam a esperança ou acham que não valeria a pena ou que o seu voto nada poderia mudar.

A todos esses cidadãos, gostaríamos de lhes pedir, e se possível fosse, de olhos nos olhos, que no seu próprio interesse escutem este nosso apelo final que é um apelo sustentado na verdade, na razão e na esperança.

Um apelo para que não deixem que as sua convicções profundas passem para segundo plano e para que o seu voto não passe dos que sempre estiveram com eles para os que querem os seus votos mas não tencionam respeitá-los e antes tencionam fazer a mesma política que tanto descontentamento semeou e tanta revolta lhes causou no passado recente.

Um apelo para que, com o seu voto na CDU em 17 de Março, continuem a honrar o seu passado de coerência e firmeza na afirmação de valores de esquerda e honrar as suas vidas marcadas por uma grande generosidade na defesa da causa da liberdade, da democracia e da justiça social.

Um apelo para que não deixem que sejam outros a decidir por eles e até a decidir contra os seus interesses e aspirações, um apelo para que, depois de fechadas as urnas, possam dizer que, não ficando em casa e votando CDU sem falta, fizeram tudo o que estava ao seu alcance para que não triunfasse a demagogia barata, o cinismo eleitoralista, uma política agressora dos seus interesses e antes se exprimisse nas urnas um sobressalto de inconformismo e uma forte exigência de mudança para melhor.

Daqui alertamos para que hoje e amanhã, com a ajuda de sondagens a querer encher as cabeças unicamente com o filme sobre quem vai cortar a linha em primeiro lugar, vamos assistir a apelos ainda mais dramatizados e pungentes à concentração de votos de esquerda no PS supostamente para derrotar o PSD.

Mas a todos pedimos que reparem também no seguinte; nesta campanha eleitoral, já se escreveram e disseram milhares de palavras sobre os pretensos "candidatos a Primeiro Ministro, mas ninguém até hoje foi capaz de dar o passo de dizer que a CDU não fala verdade quando repetidamente lembra que no domingo não vamos eleger nenhum Primeiro Ministro e que só vamos eleger 230 deputados pelo método proporcional, o quer dizer que há mais que duas opções em jogo e que todos os portugueses podem tranquilamente eleger deputados unicamente de acordo com as suas convicções e os ditames da sua consciência.

Nesta campanha eleitoral o PS já soltou milhares de palavras, mas a verdade é que não conseguiu soltar nenhumas palavras que rebatessem ou demonstrassem a falta de fundamento da nossa repetida afirmação de que os votos que a CDU receber e os deputados que a CDU eleger serão sempre votos e deputados que a direita não terá e portanto são sempre votos e deputados que contribuem para que o PSD e o CDS-PP continuem em minoria na AR, são sempre votos e deputados disponíveis e certos para uma política de esquerda e soluções políticas de esquerda.

O PS também não conseguiu até hoje soltar nenhumas palavras que desmentissem a nossa repetida afirmação de que deslocações de eleitores da CDU para o PS não alterariam nem um milímetro, nem um grama, nem um cisco ao resultado da direita que seria sempre o mesmo, mas em contrapartida enfraqueceriam a CDU, dariam mais margem de manobra para a continuação de uma política comprovadamente errada e injusta, deixaria sem protecção os mais desfavorecidos e explorados, tornaria ainda mais pantanosa e corrupta a vida política portuguesa e mais dominada e subordinada ao poder e às ordens dos senhores do dinheiro.

E finalmente, entre tantos milhares de palavras, o PS não conseguiu até hoje desmentir a nossa repetida afirmação de que o elemento decisivo e determinante da evolução política depois de domingo não é saber quem é o partido mais votado mas saber que tipo de maioria haverá na AR, estando a esperança de uma viragem à esquerda dependente não apenas da indispensável continuação da direita em minoria mas também do reforço da CDU face ao PS pois só isso pode dar a indicação clara de que outro tem de ser o caminho, e outra - e diferente para melhor -tem de ser a política do futuro governo.

A todos os que, tendo muitas e boas razões para votar CDU, ainda não decidiram votar e votar CDU queremos dizer que não esperem pela noite de domingo para descobrirem com tristeza e amargura que o seu voto na CDU fez muita falta para impedir que, no futuro, tenham de repetir as suas justas queixas e desgostos com uma política que não responde às suas preocupações e anseios; que o seu voto na CDU fez muita falta para impedir que, logo no domingo à noite e nos dias seguintes, se comece a ver o avanço brutal para a "política de aperto de cinto" que PSD, PS e CDS-PP claramente anunciam e preparam; que o seu voto na CDU fez muita falta para impedir essa injustiça maior que seria premiar os que reconhecidamente não cumprem em vez de premiar os que cumprem e trabalham.

A todos os que ainda não decidiram votar CDU queremos dizer : no domingo, seja de manhã ou de tarde: não faltem com o seu voto na CDU, o voto na esquerda que tem causas e valores, na esquerda do trabalho no terreno e do esforço abnegado sempre presente nas pequenas e grandes lutas, na esquerda que, pela sua influência social e representação institucional, pode projectar na cena política e nas grandes decisões a força dos movimentos sociais, na esquerda que foi a principal protagonista da luta por melhores salários e pelos direitos dos trabalhadores, da luta pela reforma fiscal e por uma segurança social de todos e para todos, da luta pelos direitos das mulheres e da luta que completa agora 20 anos contra essa ignomínia maior que é a injusta e degradante penalização legal do aborto clandestino, da luta por uma política que assegure aos jovens uma vida com futuro, da luta pela melhoria da trágica situação de carência, pobreza e abandono de muitos reformados, da luta pelo direita à saúde e ao ensino e do combate ao desumano negocismo nas áreas sociais, da luta por um novo rumo para a integração europeia, da luta contra a guerra e a globalização a favor dos poderosos, contra a injustiça e a miséria no mundo e por um mundo de paz, justiça e desenvolvimento.

De hoje até ao próximo Domingo cumpre-nos prosseguir o trabalho de esclarecimento de que o voto na CDU é o voto que pode garantir, aos que ao fim de 16 anos de governos do PSD e do PS se sentem justamente desencantados, que não se mude para pior, que não fique tudo na mesma, e que se abre uma janela de esperança de uma mudança de política para melhor, pela esquerda, que respeite os seus interesses e aspirações;

Que o voto na CDU é um voto contra a resignação e a desilusão, um voto para castigar os que pelas suas políticas de direita têm levado muitos portugueses e portuguesas ao desencanto;

Que o voto na CDU é o voto dos que querem romper com as falsas opções que conduzirão a políticas em muitos aspectos semelhantes, o voto dos que acreditam que não são todos iguais, dos que não se conformam com as injustiças e desigualdades.

E que, por tudo isto e muito mais, vale a pena votar CDU.

 

 

 



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