Partido Comunista Português
Telectu com Carlos Zíngaro e Chris Cutler
Telectu com Carlos Zíngaro e Chris Cutler
Quarta, 19 Julho 2006

 

Telectu

 

Os Telectu actuam no Auditório 1.º de Maio, na Quinta da Atalaia, no ano em que se assinala o 30.º aniversário da sua fundação e o 25.º da sua presença na Festa do Avante!. A sua música experimental é amplamente reconhecida em Portugal e no estrangeiro. Carlos Zíngaro e  Chris Cutler  são os músicos convidados.

 

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Chris Cutler 


 
 
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Carlos Zíngaro

 

Com formação clássica, Carlos Magalhães Alves, conhecido pelo pseudónimo «Zingaro», tem actividade nos domínios da improvisação desde finais dos anos 60 - o seu grupo Plexus, o primeiro do género a surgir em Portugal, foi formado em 1967.

Na década seguinte, ganha projecção internacional a tocar com Kent Carter e Daunik Lazro, mas é depois de ganhar um Fulbright Grant, em 1979, e de ser convidado pela Creative Music Foundation a participar em encontros, acções colectivas e concertos em Woodstock, Nova Iorque, que começa a aparecer ao lado dos maiores nomes da música criativa, como Anthony Braxton, George Lewis, Leo Smith, Tom Cora e Richard Teitelbaum.

Mantém colaborações ao vivo e em disco com este último até aos dias de hoje e formou um grupo com Tom Cora até à morte deste. Outros músicos com quem mantém parcerias regulares são Joelle Léandre, Paul Lovens, Rudiger Carl, Hans Reichel, Roger Turner e Dominique Pifarely, mas Zingaro tem tocado com um imenso de improvisadores, desde os consagrados Derek Bailey, Evan Parker, Peter Kowald, Steve Lacy e Frederic Rzewsky até representantes das novas gerações como Otomo Yoshihide, Matt Wand (Stock, Hausen & Walkman), Thomas Lehn e Axel Dorner, passando por Gunter Muller, Mats Gustafsson, Voice Crack, Simon H. Fell, Hamid Drake e Lê Quan Ninh, entre muitos outros.

Descobriu a electrónica desde muito cedo e a forma como dispara sons do seu computador com o violino é única nas áreas em que se move. O uso de tecnologia digital e analógico está particularmente presente no seu trabalho como compositor de cena, para dança e teatro (trabalhou com coreógrafos como Olga Roriz, Margarida Bettencourt e João Natividade e com encenadores como Ricardo País e GiorgioBarberio Corsertti).

Na linha do violino improvisado de Leroi Jenkins, mas com as confessadas influências de Bela Bartok, Chostakovich, John Cage, Ornette Coleman, Jimi Hendrix e Morton Subotnick, Carlos Zingaro tem um estilo polifacetado e irrequieto, onde se destaca a utilização de fraseados curtos e fragmentários, mudando de direcção com frequência ou explorando repetições.