Partido Comunista Português
Mulheres e ciência - Declaração de voto de Ilda Figueiredo no PE
Terça, 20 Maio 2008
Sabemos que há mais mulheres do que homens no ensino superior, mas, quando se trata de escolher uma carreira na investigação, o número de mulheres ainda é superado pelo dos homens. O aumento da entrada de mulheres no ensino superior não conduziu a uma mudança equivalente do rácio mulheres/homens em certos domínios académicos ou profissionais nem eliminou a diferença salarial entre homens e mulheres.

Como a relatora salienta, as mulheres investigadoras ainda estão em minoria nos sectores público e do ensino superior e, na União Europeia, ambos os sectores apresentam uma média de 35% de mulheres. Em todos os países estes dois sectores apresentam uma percentagem mais elevada de mulheres investigadoras do que o sector privado, onde a média comunitária não ultrapassa 18% de mulheres. De notar que existem grandes variações entre os países. Os que têm menos mulheres na investigação no sector privado são a Alemanha (11,8%), a Áustria (10,4%) e os Países Baixos (8,7%), situação que contrasta com a de países como a Letónia, a Bulgária e a Roménia nos quais a percentagem é superior a 40%.    Também os padrões de distribuição dos investigadores masculinos e femininos por grandes domínios científicos são muito diferentes. Entre os homens investigadores no ensino superior, 54% trabalham na área das ciências naturais e na engenharia, contra apenas 37% das mulheres investigadoras.