Luísa
Basto iniciou a sua carreira musical em Moscovo onde, em 1973, concluiu um
curso superior de Canto no Instituto Musical Pedagógico do Estado. Ainda em
Moscovo gravou o “Avante”.
Regressada
a Portugal em Maio de 1974, no “Primeiro Maio das Nossas Vidas”, como cantou,
participou em diversos espectáculos pelo país e visitou países como Cuba,
França, Luxemburgo, Bélgica, Suiça, Suécia, Holanda, Inglaterra, Canadá,
Angola.
Participou
também em duas peças musicais de Ary dos Santos e representou Portugal no
Festival da Eurovisão em 1977, com o grupo Os Amigos.
Tem
vários discos gravados (o primeiro ainda em Moscovo, acompanhada pela Orquestra
da Rádio e Televisão Soviética), com poemas de Eugénio de Andrade, José Gomes
Ferreira, Manuel da Fonseca, Florbela Espanca, João Fernando, entre outros.
Gravou
composições de Paco Bandeira, Fernando Tordo, Paulo de Carvalho, Carlos Mendes,
João Fernando, Samuel, entre outros.
O
seu último trabalho discográfico, com o nome Alentejo, foi editado já em 2006 pela Câmara Municipal de Serpa
e inclui dez temas sobre o Alentejo, suas raízes e realidades.
A
par da actividade artística, leccionou música nas escolas do Concelho da Moita,
num projecto da responsabilidade da autarquia. Pertence aos corpos gerentes da
Associação Cultural Manuel da Fonseca onde faz parte do Grupo de Teatro e
dirige o Coro da ACMF.
A
convite de Filipe La Féria participou no musical “Amália”, onde interpretava a
figura principal.
Em
1994 foi agraciada pela Câmara Municipal de Almada com a Medalha de Ouro de
Mérito Cultural.
O
espectáculo que Luísa Basto traz à Festa do Avante pretende comemorar os trinta anos desta iniciativa,
marcante na vida cultural e política do país.
Traça
um percurso que se iniciou em Moscovo com a gravação do disco "Canções
Portuguesas" e com outras canções revolucionárias, seguindo-se uma
passagem por grandes poetas gravados já em Portugal, depois do 25 de Abril. A
fase final do espectáculo mostrará uma terceira "fase", onde se
incluem canções dos seus dois últimos trabalhos e encerrará com "Assim
Como Quem Nasce" e "Avante!". Desta forma encerra-se o ciclo
fundindo o percurso biográfico e político de Luísa Basto.
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