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Declaração do Conselho e da Comissão sobre a segunda Cimeira UE-África - Declaração escrita de Pedro Guerreiro no PE |
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Terça, 11 Dezembro 2007 |
Embora sendo cedo para avaliar o real alcance das decisões da Cimeira
UE-África, e apesar de contradições, é de valorizar a rejeição dos
acordos de livre comércio (denominados "acordos de parceria económica")
da UE por parte de países africanos.
Com alguma ironia, a rejeição - apesar de todas as inadmissíveis
pressões e chantagens da UE -, destes denominados "acordos de parceria
económica" por parte de países africanos representa um verdadeiro
exemplo do que, afinal, deverá ser a badalada "boa governação", tão
propalada pela UE. Isto é, a assunção e a defesa por parte de um Estado
do controlo da sua economia.
Para nós, uma efectiva cooperação para o desenvolvimento exige o
respeito da soberania nacional, da independência política e económica,
do direito de cada povo a decidir do seu presente e futuro, de definir
e construir o seu Estado e o seu projecto de desenvolvimento. Tal
solidária cooperação é incompatível com objectivos e visões, mais ou
menos dissimuladas, de ingerência, de exploração e pilhagem de recursos
e de domínio político-económico.
Foi afirmado que a Cimeira UE-África virou uma "nova página", pela
nossa parte continuaremos a intervir para que nela não continuem a ser
(re)escritas as ambições neocolonialistas da UE e das suas grandes
transnacionais.
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