As palavras de António Aleixo vão
ecoar bem alto na Festa do Avante!
2006. Tal como já tinha experimentado durante a sua participação
no projecto Linha da Frente, Janelo da Costa volta a pegar no poeta popular
algarvio para fazer das suas quadras o centro de um espectáculo multifacetado. Os
ritmos do reggae dos Kussondulola – grupo que já este ano editou o sétimo álbum de
originais, intitulado «Guerrilheiro» – mistura-se em palco com a voz e os sons
marcantes de Prince Wadada, músico que absorvendo influências variadas as vai moldando
de forma a manter o espírito da luta contra a intolerância, a violência, o
oportunismo e o individualismo que caracterizam em boa parte a sua carreira.
A
vida continua e a vitória é certa entre o bem e o mal. Foi sempre assim no
passado e assim será no futuro. Sempre cultivando um som próprio e original
dentro da cultura reggae feita em língua portuguesa.
Este
é mais um capítulo da vida dos guerrilheiros kussondulola. Guerrilheiro é o
nome do próximo disco de originais da primeira banda de reggae portuguesa, com
expressão ao nível dos CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
Dois
conceitos podem ajudar a entender correctamente este álbum. Primeiro, o
contexto dos temas circundantes em várias direcções da musica reggae feita
actualmente no mundo e dando mais um grande contributo na originalidade instrumental
da cena reggae que se faz em Portugal.
Segundo,
o modo como a mensagem transmitida nos 13 temas de Guerrilheiro se relaciona
profundamente com as crenças do livro da Bíblia. Deste modo, «deixamos que a
própria palavra de JAH oriente o nosso raciocínio e a interpretação não será
nossa, mas sim Dele», como acredita o mentor do projecto, Janelo da Costa.
É
este o imaginário de Kussondulola neste e nos outros álbuns editados nos
últimos doze anos. Como nos trabalhos anteriores, Guerrilheiro aposta na
liberdade de ideais, segundo a qual cada pessoa pode ter uma opinião diferente,
mas sempre que alguém pensa ter entendido alguma coisa, descobre que deixou de
considerar pelo menos outra.
No
seu mais recente álbum, lançado em Abril, Janelo de Costa convida a todos a
ouvir bem este disco (a ouvi-lo com o coração), e a cada um a interpretá-lo à sua
maneira. «Nem todas as interpretações estão certas, mas Guerrilheiro tem uma
interpretação divina», defende o artista.
Os concertos de reggae não são uma moda, não são o
novo. São o espírito convertido em música, uma vontade de dizer o que está à
volta dos homens. Fazem-no através de canções que dançam nos nossos pés e
marcam o nosso coração. Os kussondulola são os felizes descobridores, que nos
colonizam a alma e a cabeça com refrões infalíveis e verdadeiros, com a
intimidade dos vizinhos de sempre. Os concertos de reggae são uma família que
apetece visitar. Há muitos anos que os kussondulola põem o people a dançar.
Concertos memoráveis das várias tournés:
Concertos como os realizados em Portugal e Espanha
ficaram na memória de todos. “Dança no Huambo/ pim pam pum / cada bala mata um
/ lá em cima do Huambo / tem um copo com veneno / quem bebeu morreu”, ganharam
corpo e foram aproveitados pela novíssima geração de músicos nacionais.
“Tá-se Bem – Pim Pam Pum” foi primeira parte de UB40
em Cascais, no Verão de 1996. Quem não se lembra dos concertos de homenagem a
Bob Marley, no Teatro da Comuna, na Barraca, na Festa do Avante de 1997 (com cerca de 25 músicos, bailarinos e
dançarinos em palco) ou em Coimbra, quando ao chover torrencialmente várias
bandas abandonaram o palco e os kussondulola continuaram a tocar?
A tournée “Tá na Área”, de divulgação do disco “Baza
Não Baza” (1998), levou pela primeira vez os Kussondulola a Espanha, para
participar, entre outros espectáculos em Madrid, Galiza ou San Sebastian, num
festival de reggae em Barcelona, com cerca de cinquenta bandas de todo mundo da
“cena” reggae. Com a mesma intensidade, o público açoreano acorreu em massa a
Hangra do Heroismo, para partilhar da grande festa que foi o concerto de
Kussondulola.
Para o disco “Amor é Bué”, a tournée “Bué” gerou uma
grande movimentação de novos músicos, que tocaram ao vivo em concertos como os
do Hard Club, no Porto ou na Ovibeja.
Entre 2000 e 2005, os Kussondulola realizaram mais
três tournées, “Kilapangasembareggae” (que deu origem ao primeiro selo da
editora Label-Kussondulola, com o disco “Tens de Viver!, Vive”), “Cumué” (O
melhor dos Kussondulola, em 2004) e “Survive” (Todos os dias, em 2005).
A história começa há muitos anos, muito longe.
Algures no território a que hoje chamamos Angola
Mayombé é a segunda maior floresta do mundo, situada em Angola, no Concelho
de Cabinda
E hoje estamos nos dias do Mayombé. Em 2006, os
Kussondulola vão prestar uma homenagem à Mãe-Natureza. Mayombé é a segunda
maior floresta do mundo situada em Cabinda, Angola. Este é também o nome da
nova tournée da maior banda de reggae nacional, que arrancou a 8 de Abril com a
apresentação do novo álbum de originais, intitulado “Guerrilheiro”.
Sinopses
dos temas:
Lua Luanda - Luanda foi fundada em 1575 pelo explorador português Paulo Dias Novais, como São Paulo de Luanda. Após a ocupação holandesa, entre 1640 e 1648, que lhe deu o nome de Fort Aardenburgh, a cidade sofreu um rápido e dramático crescimento, até cerca de 1975.
Dengue foi JAH – Onde vai
parar este mundo? É uma pergunta constante na mente da humanidade
Todos os dias – São os
últimos dias, mantenha-se vigilante…
Quem precisa ajuda –
Ajuda para toda a Humanidade!
Sexo rápido – A
capacidade de transmitir vida por meio das relações sexuais precisa de ser
tratada com grande respeito
Meninas são crianças –
Para as minhas irmãs e irmãos de todo o mundo
Legalizem a bula – Este
tema é uma homenagem a Peter Tosh
Falsos heróis – Como
podem ser distinguidos os verdadeiros profetas dos falsos
Poeta do povo - Homenagem a António
Aleixo, o poeta do povo
Cambaio trumungueiro -
Uma, duas, três da manhã não queimes os dedos.....
História – Mais um
capítulo na história: «Sempre foi assim nesse lugar, os deuses da guerra sempre
disputaram esse lugar. Olha essa história. Essa história aconteceu»
Sou do Planeta – Pessoas
do mundo façam tudo de bom porque alguém lá em cima está observando
Discografia:
“GUERRILHEIRO” - 2006
“SURVIVOR” - 2005
“COMUÉ” – 2004
“VIVE TENS DE VIVER” - 2003
“O AMOR É BUÈ” – 2001
“BAZA NÃO BAZA” –
1998
“TÁ-SE BEM” – 1995
Saudações e Vibrações Positivas a todos
os que se juntarem a esta grande festa de Paz e Amizade em prol de um mundo
melhor!
www.kussondulola.com
http://myspace.com/kussondulola
Benuína Macedo (Té Macedo)nasceu em
Luanda - Angola em 05.06.1970, aonde iniciou seus estudos musicais na
Academia de Música de Luanda, auferindo em 1988 de uma bolsa da
cooperação Portuguesa, ingressou no Conservatório de Música de Lisboa
aonde estudou piano e canto paralelamente, tendo terminado este último na
classe da Professora Filomena Amaro, obtendo a classificação final de 18
valores.
Foi reforço dos coros da Opera do Teatro Nacional S. Carlos e do coro
Gulbenkian.
Seu belíssimo timbre e excelentes qualidades vocais têm-lhe valido
cartas elogiosas de Mestres, Maestros e Jornalistas, sendo já considerada
pela imprensa como a "voz Lírica de Angola, ou Angola na voz de um
Anjo!)
Sob o signo de "Prima-Dona" ou "Primeira Dama" é também
a primeira marimbeira profissional vinda de um meio urbano, facto inédito
já que por questões de cultura e tradição, a marimba é um instrumento
reservado aos homens.
Tem vindo a aperfeiçoar-se na arte do Hungu (berimbau) e Kissangi.
Esta versatilidade instrumental e vocal levaram-na à autoria do
primeiro projecto Angolano Lírico de fusão, ou seja, Té Macedo pegou em
temas do cancioneiro Angolano e deu-lhes uma roupagem erudita,
organológicamente casando a orquestra sinfónica com instrumentos
tradicionais e vocalmente imprimindo-lhe uma forte componente lírica, o
projecto que veio amadurecendo desde 1997, foi agora gravado em Cuba com a
Sinfónica Nacional, e contou com a participação do renomeado cantor /
autor Pablo Milanés e as primeiras figuras da ópera cubana.
http://www.temacedo.com/
Prince
Wadada é um nome que se confunde com a cultura dos soundsystems portugueses,
sendo um ícone importante na recente e forte afirmação do reggae no nosso país. Exímio
vocalista raggamuffim, ex-membro do projecto “Linha da Frente”, partilhou o
palco com músicos como Gentleman & Far East Band, Melo D e Charly Skank
Band, acrescentando à sua carreira um vasto leque de participações em trabalhos
de Kussondulola, Bad Spirit, Cool Train Crew, Eduardo Paim, Germaican Soundsystem,
entre outros. A vibração é profunda, mas não tão profunda como a alma que se
desprende da voz rouca de Prince Wadada que tem agarrada ao seu timbre a cor
própria de Angola e o doce balanço de uma terra imensa que se espraia em cada
canto de “Natty Kongo”.
Wadada é uma voz conhecida de todos os que seguem com um mínimo de atenção as
sinuosas viagens do som reggae/dance-hall em Portugal. Como toaster de serviço ao Dubadelic Soundsystem, Prince
Wadada tem percorrido todo o país, colocando certeiras palavras naqueles pontos
em que o groove pede uma intervenção mais afirmativa. Com o microfone bem
dominado, Wadada integra-se numa longa tradição de “deejays” que, desde a
Jamaica clássica até à Zion global dos dias de hoje, tem feito muito para impôr
uma vibração positiva neste planeta. Mas mais do que explorar exaustivamente
uma determinada tradição ou atitude mais específica, Wadada tem preferido
abraçar a música com um entusiasmo puro que lhe permite coleccionar no seu
currículo colaborações com gente tão distinta como os Kussondulola (com quem
gravou em 1999), o “supergrupo” Linha da Frente ou, mais recentemente, os
Mentes Conscientes, projecto paralelo dos veteranos hip hoppers Micro.
Para lá dessas colaborações gravadas, Prince Wadada foi pisando o palco ao lado
de projectos como Gentleman and far east band, coolHipnoise, e General D. E a
ligar todos esses momentos o que se encontra é a procura de uma voz e um lugar
próprio. Primeiro com a edição de “Kem é Kem”, o seu registo de estreia, em
1998, seis bem preenchidos anos depois, chega “Natty Kongo”.
As influências originais recebidas de gente como Yellow Man ou Buju Banton
continuam presentes, mas o mais interessante da estreia de Prince Wadada é o
facto de ao adoptar a linguagem do Roots Reggae como ponto de partida ele
conseguir, ainda assim, criar um som que cruza múltiplas referências –
culturais, geográficas, musicais e até espirituais.
Claro
que o balanço principal de “Natty Kongo” é puro Roots, mas há ecos de drum n’
bass, acid jazz, dancehall, hip hop e até de clássicas baladas rock and roll
(escute-se, por exemplo, “Anabela Toi et Moi”). Para tanto contribui o facto do
disco ter sido gravado num descontraído ambiente “live”, em Faro, no estúdio
Air-Born pelo técnico Edwin Spellbrink. A mistura final e a masterização
ficaram a cargo do veterano Joe Fossard que será igualmente o responsável pelas
versões dub que serão editadas mais tarde.
A
excepção surge no tema “Poder da Kriação”, com um beat e uma rima de D-Mars,
que assim retribui a participação de Wadada em “A Cidade Respira” dos Mentes
Conscientes. Trata-se de um tema de demanda espiritual sobre ritmos sintéticos
cozinhados num sampler.
Homem
capaz de aguentar o impacto de Soundystems, Wadada, claro, não estranha a
mudança de cadência de um disco construído essencialmente com o resultado da
interacção de uma série de músicos.
A ponta de lança desta colecção de canções é, claro, “Táxi Para Luanda”, o
single que tem coleccionado uma invejável carreira nas listas de airplay das
mais significativas rádios nacionais. Hino à saudade dedicado a todos quantos,
como Wadada, largaram Luanda à procura de um sonho. Mas Wadada está de olhos
bem abertos e “Natty Kongo” foi uma conquista bem real. Acreditem…
Os
direitos fundamentais do Homem são o principal foco de atenção num trabalho
onde momentos de fúria se transformam num grito de apelo à paz e o amor coabita
com a rebeldia transmitindo as linguagens do reggae e do dance-hall em
português com sotaque de Angola.
“Entendimento” é um trabalho apurado que reflecte emoções, batalhas e relações
que se travam todos os dias numa sociedade cada vez mais intolerante, violenta,
oportunista e individualista. Influências da música espiritual rastafariana
mantêm-se presentes, como ponto de “Entendimento” tal como em trabalhos
anteriores: “Kem é Kem” (1999) e “Natty Kongo” (2004).
Wadada é o compositor da totalidade das faixas, tendo a interpretação
instrumental ficado a cargo da “Kimbangui Band”, composta por músicos como Nuno
Reis (ex-Cool Hip Noise), Ian Muzcnick (ex-Los Tomatos), Batata e Pardal. Temas
como “ Jah Já Sentiu” com a participação de Marta Ren (Sloppy Joe) e “ Aldeia”
com a força especial de Bezegol (MatoZoo), proporcionam uma viagem onde a
positividade reina.
A experiência do teclista Charly Skank, músico/produtor de invejável currículo
(trabalhou com Alpha Blonde e Wailers), veio enriquecer um trabalho certamente
apreciado por todos os amantes da música Jamaicana. A percussão ficou a cargo
de Ndú que emprestou a sua alma a este trabalho.
O disco foi gravado nos estúdios The Vault em Matosinhos, representando uma
marca importante para a Matarroa, a sua décima edição em pouco mais de 2 anos
de forte representação indepedente na música portuguesa.
http://www.princewadada.com
http://myspace.com/princewadada
O Ballet Tradicional Kilandukilu,
é um grupo de dança e música tradicional, que foi criado em Março de 1984 no
Bairro Maculusso em Luanda, na República da Angola, por jovens entusiastas pela
arte de dança tradicional sem distinção de raças e sexo.
O
grupo pauta-se pela divulgação da arte africana, em especial a angolana,
através de uma leveza de movimentos que, aliada ao som dos instrumentos
tradicionais, não deixa perder os valores tradicionais.
Adequando-se
a espectáculos de dança tradicional dos mais variados estilos, os Kilandukilu
são consagrados hoje Ballet tradicional, fruto de longos anos de trabalho e
também pela evolução que a dança tem vindo sofrer.
O
grupo, cujo nome originário do dialecto Kimbundo significa divertimento,
desenvolve o seu trabalho artístico em áreas como a música folclórica, danças
recreativas, danças de salão de Angola, danças tradicionais de Angola, danças
africanas contemporâneas, danças guerreiras, fúnebres e rituais.
Tendo
por único objectivo o desenvolvimento da cultura angolana, os Kilandukilu
actuam em Portugal e Angola, tendo já participado em inúmeros festivais
internacionais (XIIº Festival Mundial da Juventude e Estudantes – ex-URSS; 1º
Festival Internacional de dança de África – Angola; 1º Encontro Internacional
da Juventude dos Países Africanos de expressão Portuguesa e Portugal- Portugal;
XIIIº Festival Internacional da Juventude e Estudantes Coreia do Norte
- Pyongyang; 1ª Troca de experiência de dança e música folclórica com o Reino
da Suécia, em Gotemborg e Stocklomo; XIIIº Encontro Internacional de Teatro
Aberto em Wroclaw – Pólonia; 8ª Bienal Internacional de Dança e Música
Folclórica em Roodepoort - África do Sul; participação nos 300.º aniversário do
Zumbi dos Palmares na República Federal do Brasil - Brasília, Rio de Janeiro,
Baía, São Paulo, Maceo, Minas Gerais; 20º aniversário da Independência de
Angola na República Federativa do Brasil – Brasília; Festival Internacional da
YUSY em Bona (Alemanha); Festival Internacional de Dança e Música Folclórica em
Roodepoort - África do Sul; quadra festiva de alusão à independência de Angola-
Cuba; quadra festiva alusão a independência de Angola – Japão.
Em
Portugal participaram em espectáculos como a Festa do Avante, Expo 98, Queimas de Fitas, festivais
de Danças Tradicionais, festas de cidades/Câmaras Municipais (Lisboa, Odemira, Aveiro, Guarda, Seixal, Loures),
festas dedicadas a África e à cultura africana, entre outros.
Prémios
1984
- Participação no 1º Simpósio Nacional de Cultura
1984
- 1º Lugar Festival provincial dos Trabalhadores
1985
- 2º Lugar 1º Festival Nacional para Trabalhadores
1995
-1º Lugar na 8ª Bienal Internacional de Dança e Música Folclórica em
Roodepoort, (África do Sul)
1995
- considerado dos três melhores coreógrafos do Festival Internacional de dança
e Música Folclórica na África do Sul
1995
- considerado o Coreografo do ano de Angola
1996
- Prémio Cidade de Luanda
1996
- Prémio Revelação (Angola)
1997
- 2º Lugar no Festival na 8ª Bienal Internacional de Dança e Música Folclórica
em Roodepoort, (África do Sul)
1998
- Prémio Identidade (Angola)
1998-
Prémio melhor grupo de dança africano em Portugal, atribuído pela Rádio de
Leiria
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