Partido Comunista Português
Revisão eventual da posição comum da UE sobre Cuba - Declaração de voto de Pedro Guerreiro no PE
Quinta, 21 Junho 2007
Como temos vindo a denunciar, é a União Europeia - e não Cuba relativamente a qualquer país da UE - que tem uma inaceitável "posição comum", adoptada há cerca de 11 anos, que explicita como seu "objectivo incentivar o processo de transição" e "impulsionar uma mudança pacífica em Cuba". Que país aceitaria tal acto de descarada ingerência nos seus assuntos internos?

A presente resolução, adoptada pela maioria do Parlamento Europeu (neste caso, 50 parlamentares) afina pelo mesmo diapasão.

O seu objectivo é a alteração "substancial" do "regime político, económico e social" em Cuba, sendo sugerido o apoio "incondicional" e o fomento "sem reservas" ao "início de um processo pacífico de transição política", nos termos da dita "posição comum". Para tal propõem acções de ingerência directa da UE neste país, nomeadamente através da utilização dos "instrumentos de cooperação para o desenvolvimento", como a dita "Iniciativa Europeia para a Democracia e os Direitos do Homem", de forma a apoiar a realização das tais "mudanças" em Cuba.

Em síntese, e como anteriormente afirmámos, o seu objectivo é apenas continuar obstaculizar a normalização das relações entre a UE e Cuba, seguindo subordinadamente a política dos EUA relativamente a este país.

Ou seja: inaceitável!