Em Nota do Gabinete de Imprensa o PCP refere que «a nomeação do novo Procurador Geral da República – o Juiz Conselheiro Pinto Monteiro – reveste-se de particular importância, não apenas pelo relevante papel do órgão no âmbito do Sistema Judicial mas, sobretudo, no contexto em que se encontra a situação da Justiça em Portugal.» e que «a escolha de um Magistrado, que o PCP defendeu como salvaguarda da efectiva isenção e independência político-partidária, inerente ao cargo, deve ir de par com a assunção clara e inequívoca da defesa do Sistema Judicial consagrado na Constituição da República, com particular destaque para o Estatuto de Autonomia do Ministério Público face ao poder político.»
1. A nomeação do novo Procurador Geral da República
– o Juiz Conselheiro Pinto Monteiro – reveste-se de particular importância, não
apenas pelo relevante papel do órgão no âmbito do Sistema Judicial mas,
sobretudo, no contexto em que se encontra a situação da Justiça em Portugal.
2. A escolha de um Magistrado, que o PCP defendeu
como salvaguarda da efectiva isenção e independência político-partidária,
inerente ao cargo, deve ir de par com a assunção clara e inequívoca da defesa
do Sistema Judicial consagrado na Constituição da República, com particular
destaque para o Estatuto de Autonomia do Ministério Público face ao poder
político.
3. Estes são critérios que, para a defesa da
independência do poder judicial, questão central do Estado de Direito
Democrático, o PCP espera que sejam estritamente observados na prática das
funções a desempenhar pelo novo Procurador Geral.
4. Entre os mais importantes e graves problemas a
que o novo titular será chamado a responder, está seguramente a incontornável
exigência de novos meios e novas capacidades ao serviço da investigação e
combate à criminalidade organizada, em particular à corrupção e ao crime
económico. Só um efectivo reforço de meios, associado a uma vontade política
determinada, poderá pôr cobro à impunidade vigente, que gera nos cidadãos
sentimentos de descrédito e desprestigia a Justiça.
5. O PCP, como sempre, contribuirá de forma séria e
responsável, no plano político e institucional, para que se encontrem respostas
e soluções concretas que conduzam a uma Justiça melhor, a uma efectiva
igualdade dos cidadãos perante a Justiça, que a Constituição garante.
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