Partido Comunista Português
Sobre a nomeação o novo Procurador Geral da República - Nota do Gabinete de Imprensa do PCP
Quarta, 20 Setembro 2006
Foto justicaEm Nota do Gabinete de Imprensa o PCP refere que «a nomeação do novo Procurador Geral da República – o Juiz Conselheiro Pinto Monteiro – reveste-se de particular importância, não apenas pelo relevante papel do órgão no âmbito do Sistema Judicial mas, sobretudo, no contexto em que se encontra a situação da Justiça em Portugal.» e que «a escolha de um Magistrado, que o PCP defendeu como salvaguarda da efectiva isenção e independência político-partidária, inerente ao cargo, deve ir de par com a assunção clara e inequívoca da defesa do Sistema Judicial consagrado na Constituição da República, com particular destaque para o Estatuto de Autonomia do Ministério Público face ao poder político.»  

 

1.   A nomeação do novo Procurador Geral da República – o Juiz Conselheiro Pinto Monteiro – reveste-se de particular importância, não apenas pelo relevante papel do órgão no âmbito do Sistema Judicial mas, sobretudo, no contexto em que se encontra a situação da Justiça em Portugal.

2.   A escolha de um Magistrado, que o PCP defendeu como salvaguarda da efectiva isenção e independência político-partidária, inerente ao cargo, deve ir de par com a assunção clara e inequívoca da defesa do Sistema Judicial consagrado na Constituição da República, com particular destaque para o Estatuto de Autonomia do Ministério Público face ao poder político.

3.   Estes são critérios que, para a defesa da independência do poder judicial, questão central do Estado de Direito Democrático, o PCP espera que sejam estritamente observados na prática das funções a desempenhar pelo novo Procurador Geral.

4.   Entre os mais importantes e graves problemas a que o novo titular será chamado a responder, está seguramente a incontornável exigência de novos meios e novas capacidades ao serviço da investigação e combate à criminalidade organizada, em particular à corrupção e ao crime económico. Só um efectivo reforço de meios, associado a uma vontade política determinada, poderá pôr cobro à impunidade vigente, que gera nos cidadãos sentimentos de descrédito e desprestigia a Justiça.

5.   O PCP, como sempre, contribuirá de forma séria e responsável, no plano político e institucional, para que se encontrem respostas e soluções concretas que conduzam a uma Justiça melhor, a uma efectiva igualdade dos cidadãos perante a Justiça, que a Constituição garante.