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Relações União Europeia-Cuba - Resposta a Pergunta oral ao Conselho de Pedro Guerreiro no PE |
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Sexta, 27 Abril 2007 |
A presente resposta, que é redigida pela Presidência e não vincula o
Conselho nem os membros do Conselho, não foi apresentada oralmente
durante o período de perguntas ao Conselho incluído no período de
sessões plenárias do Parlamento Europeu que decorreu em Estrasburgo, em
Abril de 2007.
O Conselho lamenta que sejam difundidas informações falsas e/ou
interpretações erradas no que se relaciona com a Posição Comum do
Conselho sobre Cuba. Tal circunstância não é de molde a incentivar as
deliberações internas em curso, nem a melhoria das relações bilaterais.
O Conselho tem-se sempre recusado a provocar transformações por via de
medidas compulsivas, o que também figura claramente na Posição Comum,
da qual constam propostas de cooperação e de conversações. O diálogo
com todos os sectores da sociedade cubana certamente que não pode ser
interpretado como "ingerência neste país soberano", como se lê na
pergunta do Sr. Deputado. Segundo temos conhecimento, as Embaixadas
cubanas mantêm contactos regulares e irrestritos com todos os sectores
da sociedade nos Estados-Membros ou nas Instituições da União Europeia;
semelhante atitude, em sociedades democráticas, não é considerada
ingerência.
A UE tem tido repetidamente razões para chamar a atenção do Governo
cubano para a situação insatisfatória, no seu país, no domínio dos
direitos humanos, tendo, nessas ocasiões, exigido a libertação de todos
os presos políticos. Cabe a Cuba alterar esta situação, porquanto é
legítimo esperar deste país um comportamento exemplar, na sua qualidade
de membro do Conselho dos Direitos do Homem. O Conselho verifica com
satisfação que esta política é claramente apoiada pela esmagadora
maioria dos deputados do Parlamento Europeu.
Foi perfeitamente normal, perante a nova situação criada pelas
importantes transformações que ocorreram na liderança cubana, que a UE
devesse tentar proceder a uma reavaliação da sua política. A política
da UE é autónoma e não é comparável com a estratégia dos EUA, o que os
próprios Estados Unidos da América admitem.
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