Partido Comunista Português
Djumbai Jazz (Guiné-Bissau)
Djumbai Jazz (Guiné-Bissau)
Quarta, 19 Julho 2006

 

djumbai-jazz

 

O Djumbai Jazz surge em 1999 pela mão de Maio Coopé. Um projecto formado por quatro pessoas que respeitam as tradições e são fiéis a um convívio intimista e alegre.

«No meu país, sobretudo nas zonas suburbanas, antes das crianças irem dormir há uma reunião junto dos mais velhos, ao redor da fogueira, contam-se histórias e há sempre uma pessoa para cantar. Trata-se de um costume de Guiné Bissau que esteve sempre próximo de mim».

Foi nesta atmosfera que Maio Coopé, cantor, músico e compositor encontrou brechas para se transformar num nome importante da música da Guiné Bissau, país formado por 43 etnias e com uma grande diversidade cultural.

Em Setembro de 1975 venceu o festival de Mandjuande para músicas tradicionais cantadas em Crioulo. O cantor construiu uma carreira que evolui em cada ano. Filho de pais músicos começou a cantar em festas tribais. Em 1974, após a independência e a conseqüente explosão cultural aliada à liberdade abriram-se outras portas e a demonstração da sua capacidade foi apesar de tudo mais fácil.

No início da sua carreira Maio Coopé procurou sempre estar mais próximo da música tradicional do seu país, trabalhando a sua voz junto à percussão e com um reportório de canções populares, tornando-se conhecido na Guiné Bissau e na Europa, onde realizou vários espectáculos. Apresentou-se na então União Soviética em 1977 e 1980, fez espectáculos em Amsterdão (Tropmuseu), Roterdão (Paradiso) e Estocolmo (Tropicana).

Com os Gumbezarte trabalhou a sua música junto ao canadense Silvam Panatom, e registou as suas canções.

 

Maio Coopé foi vencedor de vários festivais na Guiné Bissau:

1984 Festival Descoberta de Novos Talentos;

1985 Festival de Mandjuante ( Música Tradicional);

1986 Festival de Nopintcha ( Música Moderna);

1988 Festival Agitu tem cu tem ( Temos que arranjar jeito);

 

Durante a década de 80 fez várias tournés nacionais pelo interior do país: Bafatá, Gabu, Bissorá, Sonako, Pirada, Boe, Farim, Manssoa, Cacheu, Cachungo, Buba, Catio, etc.

Nos anos 90 faz também apresentações na Alemanha (Berlim) durante o Festival Lusomania, onde se apresentaram também Chico Science, Nação Zumbi e Margareth Menezes.

Grava o disco «Camba Mar» com o seu grupo Gumbezarte.

As suas letras falam-nos do seu país e dos opressores colonizadores. O seu primeiro disco, editado pela Lusoafrica revela-se um sucesso e é apontado pela crítica como um dos melhores artistas a surgir em Bissau.

Após o lançamento do seu disco Maio inicia uma extensa tournée pela Europa, actuando em festivais conceituados como: La Villete (França), Sfinks ( Bélgica), Rambout Festival e Nordezem na Holanda, Expo 98 (Lisboa), etc.

Em 2000 é convidado para afeira festival de músicas do mundo StrictlyMundial em Zaragoza (Espanha), onde a música «Pelele» é seleccionada para participar na compilação do Fórum Europeu de Festivais de World Music e onde inclusive o Artwork do disco é criado por Maio.

Em 2004 volta ao Brasil com os Djambai Jazz no âmbito do porjecto «Na ponta da Língua» e actua em várias cidades do Estado de Minas Gerais.

Tem colaborado com vários artistas lusófonos e gravou com artistas de Cabo Verde na compilação «Ayan» da editora Praia Records.

 

www.roots-rhythms.net