O Djumbai Jazz surge em 1999 pela mão de Maio Coopé.
Um projecto formado por quatro pessoas que respeitam as tradições e são fiéis a
um convívio intimista e alegre.
«No meu país, sobretudo nas zonas suburbanas, antes
das crianças irem dormir há uma reunião junto dos mais velhos, ao redor da
fogueira, contam-se histórias e há sempre uma pessoa para cantar. Trata-se de
um costume de Guiné Bissau que esteve sempre próximo de mim».
Foi nesta atmosfera que Maio Coopé, cantor, músico e
compositor encontrou brechas para se transformar num nome importante da música
da Guiné Bissau, país formado por 43 etnias e com uma grande diversidade
cultural.
Em Setembro de 1975 venceu o festival de Mandjuande
para músicas tradicionais cantadas em Crioulo. O cantor construiu uma carreira
que evolui em cada ano. Filho de pais músicos começou a cantar em festas
tribais. Em 1974, após a independência e a conseqüente explosão cultural aliada
à liberdade abriram-se outras portas e a demonstração da sua capacidade foi
apesar de tudo mais fácil.
No início da sua carreira Maio Coopé procurou sempre
estar mais próximo da música tradicional do seu país, trabalhando a sua voz
junto à percussão e com um reportório de canções populares, tornando-se
conhecido na Guiné Bissau e na Europa, onde realizou vários espectáculos.
Apresentou-se na então União Soviética em 1977 e 1980, fez espectáculos em
Amsterdão (Tropmuseu), Roterdão (Paradiso) e Estocolmo (Tropicana).
Com os Gumbezarte trabalhou a sua música junto ao
canadense Silvam Panatom, e registou as suas canções.
Maio Coopé foi vencedor de vários festivais na Guiné
Bissau:
1984 Festival Descoberta de Novos Talentos;
1985 Festival de Mandjuante ( Música Tradicional);
1986 Festival de Nopintcha ( Música Moderna);
1988 Festival Agitu tem cu tem ( Temos que arranjar
jeito);
Durante a década de 80 fez várias tournés nacionais
pelo interior do país: Bafatá, Gabu, Bissorá, Sonako, Pirada, Boe, Farim,
Manssoa, Cacheu, Cachungo, Buba, Catio, etc.
Nos anos 90 faz também apresentações na Alemanha (Berlim)
durante o Festival Lusomania, onde se apresentaram também Chico Science, Nação
Zumbi e Margareth Menezes.
Grava o disco «Camba Mar» com o seu grupo
Gumbezarte.
As suas letras falam-nos do seu país e dos
opressores colonizadores. O seu primeiro disco, editado pela Lusoafrica
revela-se um sucesso e é apontado pela crítica como um dos melhores artistas a
surgir em Bissau.
Após o lançamento do seu disco Maio inicia uma
extensa tournée pela Europa, actuando em festivais conceituados como: La
Villete (França), Sfinks ( Bélgica), Rambout Festival e Nordezem na Holanda,
Expo 98 (Lisboa), etc.
Em 2000 é convidado para afeira festival de músicas
do mundo StrictlyMundial em Zaragoza (Espanha), onde a música «Pelele» é
seleccionada para participar na compilação do Fórum Europeu de Festivais de World
Music e onde inclusive o Artwork do disco é criado por Maio.
Em 2004 volta ao Brasil com os Djambai Jazz no
âmbito do porjecto «Na ponta da Língua» e actua em várias cidades do Estado de
Minas Gerais.
Tem colaborado com vários artistas lusófonos e
gravou com artistas de Cabo Verde na compilação «Ayan» da editora Praia
Records.
www.roots-rhythms.net
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