Andrés
Stagnaro
nasceu em Salto, Uruguai. Começou a cantar em público com 15 anos de idade, nas
«guitarradas» e convívio de amigos. Começou a compor em 1972, musicalizando textos
de grandes poetas uruguaios e estabelecendo vínculos de amizade e artístico com
alguns deles, nomeadamente, Walter Ortiz y Ayala, Washington Benavides,
Fernando Rama, Rosalia Aller e Jorge Arbeleche, entre muitos outros.
Em
1973, passou a integrar o grupo Tabare e o grupo Los Orientales,
com o qual realizou muitos espectáculos e apresentações na televisão, em Salto
e outras cidades no interior do país.
Até
ao fim de 1974, formou o duo Andrés e Luis, dois para folclores ou Folk 2,
também com muitas actuações no litoral do país e na cidade de Concordia, na
Argentina. No dia 2 de Fevereiro de 1976, foi detido em Salto pela ditadura
militar, depois de um espectáculo. Esteve quatro anos preso, até finais de
1979.
Finalmente
em liberdade, não pode cantar em público por ter ficado proscrito, tendo
começado a cantar em «guitarradas» privadas. Pôde catar e tocar integrando La
Reina de la Teja, mas isso só foi possível seis anos após ter conseguido a
liberdade e apenas porque se tratava de um grupo com muitos integrantes, o que
permitia iludir a vigilância militar.
Com
La Reina de la Teja viajou para Buenos Aires, Argentina, onde actuou na
televisão e num espectáculo no Estádio Obras, em solidariedade com o
Uruguai. Ali ocorreu o encontro de vários artistas uruguaios exilados e
argentinos.
Em
1986, prossegue a sua actividade artística como solista, tendo, em 1988,
gravado o seu primeiro álbum: Bajo los platanos. Durante anos, colaborou
ainda em espectáculos de teatro e recitais de poesia, com a colaboração, nesses
recitais, dos actores do Grupo de Teatro El Galpon. Também realizou
espectáculos na Argentina, Chile, Brasil, Portugal e Espanha.
No
âmbito dos 25.º aniversário da Revolução do 25 de Abril de 1974, vem a
Portugal, convidado pelo Elo Iberia e o conjunto Maré Alta, para
protagonizar a primeira edição de um CD, Luna de Plata, com a participação de
músicos e autores uruguaios e portugueses. Neste trabalho, Stagnaro reúne as
influências mais diversas, do candombe ao blues, passando por
várias sonoridades de Portugal, África e a tradição das melhores músicas do
mundo. No mesmo ano efectuou uma tourné por Portugal e participou, como
convidado especial, no concerto do projecto Maré Alta.
No
ínicio de 2004, realiza uma nova visita por Portugal e à Galiza tendo, no final
desse ano, lançado o CD, De Teclar y Roca, obra baseada no livro, «De la
desmemória al desolvido», escrito por sete ex-presas políticas uruguaias. Este
ano volta a Portugal para participar na 30.ª Festa do Avante.
http://www.geocities.com/astagnaro2002
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