|
Reprivatização da GALP: duro golpe para a economia e soberania nacionais |
Segunda, 04 Agosto 2008 |
O PCP, face à decisão do Governo de privatizar a última tranche de capital que o Estado detém directamente na Galp Energia, considera «que esta decisão é contra a
economia e a soberania nacionais (...) tanto mais
gravosa quando, numa situação de crise económica e energética mundiais, é
por de mais evidente a importância da participação do Estado em sectores
chave da economia, especialmente no sector energético,»
5ª fase de reprivatização da GALP
Um duro golpe para a economia e soberania nacionais
Nota do Gabinete de Imprensa do PCP
Face à decisão do Conselho de
Ministros de privatizar a última tranche de capital que o Estado actualmente
detém directamente na Galp Energia, o PCP considera:
- Que esta decisão é contra a
economia e a soberania nacionais, logo contra os interesses dos
trabalhadores e da esmagadora maioria do povo português, tanto mais
gravosa quando, numa situação de crise económica e energética mundiais, é
por de mais evidente a importância da participação do Estado em sectores
chave da economia, especialmente no sector energético, como garante da
soberania do país e da capacidade de intervenção directa na política de
preços dos combustíveis e do restante sector energético.
- O descontrolado aumento dos
combustíveis que tão graves repercussões tem em diversas camadas sociais e
sectores económicos, aconselharia o governo a aproveitar todas as
possibilidades que a sua influência e poder de decisão na Galp lhe
permitem, de molde a salvaguardar os interesses nacionais, em detrimento
da apropriação pelo capital privado de elevadíssimos lucros.
- A alienação dos 7% do capital do
Estado na Galp surge num contexto em que o discurso do Governo PS hipervaloriza o equilíbrio das contas
públicas em detrimento do crescimento económico e de uma justa
distribuição da riqueza nacional.
- Desta forma, o Governo PS
abdica de vultosas receitas para o estado, entregando ao capital privado a totalidade de uma
empresa chave da economia portuguesa, uma empresa que nos últimos anos tem
apresentado lucros fabulosos e que só no 1º trimestre do corrente ano
obteve 250 milhões de euros de lucro.
|