Sexta, 02 Março 2007 |
O
PCP considera positivo a não concretização da OPA lançada pela Sonaecom
à PT impedindo o desmembramento da empresa e, de acordo com as suas
responsabilidades, compromete-se a continuar a intervir pela existência
de um sector público forte e qualificado de telecomunicações, pela
defesa da PT, dos direitos dos seus trabalhadores e dos interesses dos
utentes.
O PCP considera positivo a não concretização da OPA lançada pela
Sonaecom à PT impedindo, no imediato, o desmembramento da empresa e a
alteração do seu papel estratégico no serviços de telecomunicações em
Portugal.
O PCP valoriza o papel que a luta dos trabalhadores desempenhou em todo
este processo, travando no imediato a liquidação de mais de três mil
postos de trabalho directos e outros direitos que estariam colocados em
causa.
O PCP reafirma que a posição dos trabalhadores não pode ser entendida
como a legitimação das medidas implementadas pela actual Administração
da PT que, ao longo deste processo, utilizou a OPA para desferir, entre
outros aspectos, um violento ataque ao Serviço de Saúde dos seus
trabalhadores.
O PCP, desde sempre, considerou que o Governo, tendo em conta o
carácter estratégico do sector das telecomunicações, da PT em
particular e o que representam para a defesa do interesse nacional,
deveria em todo este processo e também na própria Assembleia Geral de
Accionistas onde se absteve, ter assumido as suas responsabilidades
inviabilizando este negócio.
O PCP chama a atenção para o facto de, num quadro de grandes
dificuldades económicas para a maioria dos trabalhadores e do povo
português, esta operação ter alimentado diversas manobras de
especulação bolsista que, sem nada criar, se traduziram em novas
concentrações de capital e em linhas de financeirização da economia que
se projectarão no futuro.
O PCP reafirma que, ao contrário do que se procurou difundir, esta
operação não constituiria qualquer sinal de dinamismo económico. E,
independentemente deste desfecho, o facto é que a mesma se traduziu já
num agravamento das condições dos trabalhadores, dos interesses dos
utentes e no bloqueio da inovação e desenvolvimento do sector no nosso
país.
O PCP, de acordo com as suas responsabilidades, compromete-se a
continuar a intervir pela existência de um sector público forte e
qualificado de telecomunicações, pela defesa da PT, dos direitos dos
seus trabalhadores e dos interesses dos utentes, no quadro da sua luta
por uma ruptura de esquerda com a política de direita e da exigência de
uma nova política para um Portugal com futuro.
02.03.2007
A Coordenadora Nacional do PCP para as Telecomunicações
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