Entre outros aspectos merecedores de crítica, o PE,
uma vez mais, insiste, de forma inaceitável, no branqueamento das profundas
responsabilidades e crimes perpetrados por Israel, procurando confundir o
agressor, Israel, e a sua acção criminosa, com as suas vítimas, os povos
palestiniano e libanês, e o seu legitimo direito à resistência face à agressão
e ocupação.
Assim como não resiste a insistir na colagem exaustiva
da resolução 1701 à resolução 1559 do Conselho de Segurança das Nações Unidas,
sublinhando que "o objectivo final deverá ser o desarmamento de todas as
milícias, nomeadamente do Hezbollah", ao mesmo tempo que remete as resoluções
242, 338, 426 e 520 para uma mera referência.
No entanto e pela força da evidência da gravidade da
evolução na situação no Médio Oriente, face à brutal agressão de Israel à
Palestina e ao Líbano e, sobretudo, face à firme e corajosa resistência dos povos
destes dois países, o PE reconhece o que há muito é uma exigência, ou seja,
"que uma solução justa e durável do conflito israelo-palestiniano é
imperativa para instaurar a paz e a segurança em toda a região", uma
"solução global, durável e viável" para a região, com base nas
"resoluções pertinentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas".
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