O PCP manifesta solidariedade às mulheres em julgamento no Tribunal de Setúbal
Nota da Comissão do PCP para os problemas e movimento das mulheres
14 de Junho de 2004

Comunicado da Comissão do PCP para os problemas e movimento das mulheres - 02.06.2004

Solidariedade com as mulheres em julgamento no Tribunal de Setúbal

DORS do PCP expressa a sua solidariedade para com as mulheres em Julgamento! - 11.06.2004

 

Uma delegação do PCP, composta por Ilda Figueiredo, deputada no Parlamento Europeu, Fernanda Mateus, da Comissão Política do PCP, Bruno Dias, deputado na AR e Adelaide Pereira, do Comité Central do PCP estará presente, amanhã, junto do Tribunal de Setúbal, para expressar solidariedade às mulheres, a quem a hipocrisia e o cinismo deste Governo vai sentar no banco dos réus pela prática de aborto.

A perseguição judicial da existência de uma lei penal injusta e desajustada da realidade social. A actual lei do aborto maltrata todas as mulheres, não lhes concedendo o legítimo direito de decisão quando confrontadas com uma gravidez não desejada.

A maioria parlamentar PSD/CDS-PP, tendo rejeitado as iniciativas legislativas – designadamente as do PCP – que visavam a despenalização do aborto, é a responsável por esta situação.

O PCP continua activamente empenhado no combate ao aborto clandestino em Portugal e na defesa da alteração, pela Assembleia da República, da actual lei.

A interrupção da acção deste Governo é seguramente o único caminho que permite criar condições para que a Assembleia da República venha a legislar no sentido de preservar o direito da mulher a uma maternidade consciente e responsável e a permitir o recurso ao aborto até às 12 semanas, a pedido da mulher, em estabelecimento de saúde oficial ou oficialmente reconhecido.

A interrupção da acção deste Governo é seguramente o único caminho que permite travar os retrocessos em matéria de direitos sexuais e reprodutivos e a continuação do aborto clandestino.

O PCP considera que a luta tem de continuar, envolvendo as mulheres portuguesas:

- Para pôr fim às perseguições judiciais e pela despenalização do aborto até às 12 semanas, a pedido da mulher.
- Por uma política de educação sexual nas escolas.
- Por um efectivo planeamento familiar com acesso à contracepção.
- Por uma assistência materno-infantil condigna.
- Pela protecção da função social da maternidade.