É lamentável que o Parlamento Europeu tenha
enveredado pelo caminho que esta resolução toma ao colocar em pé de igualdade
Israel e a Palestina, ou seja, agressor e agredido, quando se impõe uma
condenação clara dos autênticos crimes de guerra que Israel cometeu no Líbano,
das agressões e do verdadeiro terrorismo de Estado que continua a praticar
contra os territórios ocupados da Palestina, designadamente em Gaza. É um mau
começo.
Num momento particularmente complexo e perigoso, o
que se impõe é que a União Europeia, no mínimo, exija que Israel cumpra as
decisões da ONU quanto à ocupação dos territórios da Palestina, a cessação
imediata das operações israelitas nos territórios palestinianos ocupados, o
levantamento imediato do bloqueio a Gaza, nomeadamente a reabertura da
fronteira com o Egipto e a garantia da livre circulação de pessoas e
mercadorias, a restituição dos Montes Golan e das quintas de Sheeba à Síria e ao Líbano, a libertação imediata
dos ministros e deputados eleitos palestinianos e a abertura de negociações
para a troca de prisioneiros, o fim dos colonatos, a retoma, por Israel, da
transferência das receitas fiscais e aduaneiras palestinianas.
Uma paz duradoura no Médio Oriente exige o
respeito pelos direitos dos povos da Palestina, da Síria e do Líbano à sua
soberania.
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