Partido Comunista Português
Promoção da inclusão social e combate à pobreza - Declaração de voto de Ilda Figueiredo no PE
Quarta, 08 Outubro 2008
Sabemos que é cada vez maior a percentagem de trabalhadores pobres, reflexo do crescimento do trabalho precário e mal pago. Por isso, esta questão devia estar no centro das preocupações dos responsáveis da União Europeia. A remuneração em geral e os salários mínimos em particular – independentemente de serem definidos por lei ou por acordos colectivos – devem assegurar um nível de vida digno.

É importante que este relatório tenha sido aprovado, mas foi lamentável que a maioria não tivesse permitido o seu debate em plenário. A promoção da inclusão social e o combate à pobreza, nomeadamente a pobreza infantil na UE, é uma questão que ainda incomoda, dado quererem evitar ser confrontados com os números. Aí se diz que há 20 milhões de pessoas na UE, na sua maioria mulheres, ou seja, 6% da população total, que são trabalhadores pobres, e que 36% da população activa está em risco de integrar a categoria de trabalhadores pobres. Entre as várias recomendações feitas no relatório, o Parlamento Europeu insta os Estados-Membros a reduzirem a pobreza infantil em 50% até 2012 e a aprovarem um compromisso de âmbito europeu no sentido de pôr fim ao fenómeno dos sem-abrigo até 2015.