Em referência a um comunicado do PPD aparecido nos jornais dos dias
3 e 4, segundo o qual “um grupo de militantes, que declararam expressamente
a sua adesão ao PCP”, interromperam uma sessão de esclarecimento
organizada por aquela organização em Castro Verde, o PCP esclarece:
1. O PCP estranha que o PPD, que tem relações
normais com o PCP, venha, sem antes contactar o PCP, exigir através dum
comunicado imprensa uma tomada de posição pública sobre
um problema de que só pelo referido comunicado tomou conhecimento.
2. O PCP defende firmemente a liberdade de expressão
de pensamento. Cada partido tem pleno direito de divulgar as suas ideias e de
contrapô-las às de outros partidos.
Os membros do PCP não interferem com iniciativas de outros partidos
e respeitam o seu pleno direito de manifestarem opiniões divergentes
e as críticas que entenderem, O PCP abertamente contrário a processos
e actuações que impeçam o exercício dos direitos
democráticos dos cidadãos. A organização do PCP
em Castro Verde é completamente estranha aos acontecimentos ali ocorridos.
3. Sublinha-se ao mesmo tempo que cada partido
toma naturalmente responsabilidade das afirmações que faz em cada
comício.
Se um partido convoca comícios de entrada livre e, nesses comícios,
entende por bem atacar os ideais de outro partido, não tem de estranhar
as reacções espontâneas da assistência se entre esta
se encontra grande número de simpatizantes do partido atacado. Não
são tão-pouco de estranhar reacções se aparecem
a falar em comícios pessoas desprestigiadas perante as populações.
4. Lamentando o sucedido em Castro Verde, o
PCP reitera ao PPD a sua vontade de estreitar os laços de cooperação
entre os dois partidos na luta pela consolidação das liberdades,
pelo fim da guerra colonial, pela instauração de um regime democrático
escolhido pelo próprio povo.
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