Nota do Gabinete de Imprensa do PCP

Sobre as novas medidas decididas pelo Governo no quadro do Estado de Emergência

1 – O PCP tem defendido que as escolas não deviam encerrar tendo em conta os prejuízos que serão causados aos alunos, nomeadamente nas suas aprendizagens.

Para o PCP, não há alternativa ao ensino presencial, único que garante a necessária interacção entre o aluno e o professor na sala de aula, elemento decisivo para garantir a qualidade do ensino.

2 – Entretanto, o Governo, numa situação de inquestionável gravidade da situação epidemiológica do País, sustentado em pareceres dos especialistas, decidiu encerrar por 15 dias as escolas de todos os níveis de ensino e creches, opção que exige, a par de se limitar ao tempo estritamente necessário, respostas credíveis no plano do apoio aos pais e às crianças e jovens.

3 – O encerramento das escolas, para além das consequências no processo educativo das crianças e jovens, levanta problemas ao nível da socialização e da saúde mental que o Governo não pode ignorar e que tem sido objecto de sucessivas intervenções por parte da Escola Nacional de Saúde Pública.

Problemas sociais que exigem apoios efectivos às famílias que se revelam insuficientes. A perda de um terço do salário dos pais que não têm alternativa que não seja ficar em casa a acompanhar os filhos, os problemas associados à regulação do teletrabalho e a falta de resposta para os pais com crianças de idade superior a 12 anos aprofundam as desigualdades sociais num País já profundamente desigual.

4 – Depois de um ano lectivo marcado por prejuízos significativos, amplamente reconhecidos pela comunidade educativa, o que se exige é que a interrupção agora decidida seja levantada o mais rapidamente possível.

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