Apresentação da candidatura da CDU
ao Parlamento Europeu

Declaração de Ilda Figueiredo

23 de Fevereiro de 1999




Neste momento de apresentação da candidatura da CDU ao Parlamento Europeu quero referir que me sinto profundamente sensibilizada com a escolha feita para primeiro lugar da lista, e afirmar que procurarei honrar as responsabilidades que me atribuem, tentando prosseguir na senda da empenhada, qualificada e valiosa intervenção dos actuais deputados, integrada num enriquecido trabalho colectivo.

É com confiança e empenho que aceito esta candidatura.

Confiança no PCP, na CDU e nos seus apoiantes, que serão os grandes motores desta campanha, sem dúvida difícil, mas essencial para a defesa dos interesses nacionais, para lutar por uma Europa com uma nova dimensão social, que atribua uma verdadeira prioridade ao emprego de qualidade, à educação e formação para todos e para todas, tendo como objectivos a igualdade entre os homens e as mulheres, a harmonização das normas sociais por cima, a valorização do trabalho, da cultura, da criatividade, da investigação e do desenvolvimento humano.

Empenho em dar voz aos sectores económicos e sociais portugueses mais afectados por uma política europeia que se tem mostrado pouco interessada na construção da «coesão económica e social».

Empenho em trazer para a campanha eleitoral os problemas dos agricultores e criadores de gado tão afectados pela Política Agrícola Comum, do pequeno comércio cada vez mais asfixiado, das pescas já reduzidas ao mínimo, das indústrias têxteis, de vestuário, calçado, madeiras ou mobiliário e de tantos outros sub-sectores produtivos.

Empenho em continuar a luta para que, nas negociações da Agenda 2000, incluindo a Reforma da PAC, se tenham em conta as debilidades estruturais da economia portuguesa, as profundas assimetrias regionais e as gritantes desigualdades sociais que é necessário combater por forma a que a «coesão económica e social» se torne uma realidade.

Empenho em ouvir e dar voz às reivindicações de todos os que se sintam prejudicados pela política neoliberal e considerem que é urgente rever caminhos, mudar sentidos, alterar políticas, tornando-as mais humanas e solidárias.

Esta candidatura da CDU, pela composição da sua lista, pela participação, em pé de igualdade, de homens e mulheres que pretendem lutar pela defesa dos interesses nacionais, pelo precioso contributo de técnicos, especialistas, autarcas, deputados, sindicalistas, professores, operários e escritores, pelos objectivos que nos animam, é uma candidatura que se afirma na campanha eleitoral pela firmeza das suas convicções, pela certeza da necessidade de lutar por um novo rumo para a construção europeia, pelo vasto apoio dos milhões de cidadãos que, em Portugal e nos outros países europeus, apoiam o «Apelo Comum» e pretendem conjugar esforços para «enraizar a Europa à esquerda».

Contem comigo. Contem com a CDU.

Muito obrigado!