Intervenção de Miguel Tiago

PCP solidário com a luta dos trabalhadores da CGD

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O PCP está presente nesta concentração e greve dos trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos. Uma vez mais em apoio, não apenas da luta dos trabalhadores, mas também da defesa da Caixa Geral de Depósitos, porque, afinal de contas, é a mesma luta: a luta dos trabalhadores pelos seus direitos, pelos seus salários, pelo aumento dos salários, pelo pagamento das horas extra; também é uma luta pela defesa da Caixa Geral de Depósitos, enquanto entidade pública bancária robusta e capaz de responder às necessidades da população e da economia nacional. O ataque aos trabalhadores é, também, um ataque à Caixa Geral de Depósitos. Os trabalhadores têm vindo a reivindicar um aumento salarial perfeitamente dentro das possibilidades da Caixa Geral de Depósitos. A administração - curiosamente a administração mais bem paga da história da Caixa Geral de Depósitos - acha que os trabalhadores não merecem um aumento sequer correspondente à inflação, portanto, representando uma perda de poder de compra. Ao mesmo tempo, continuam sem pagar as horas extra e continuam as represálias a diversos trabalhadores, o encerramento de balcões, tudo isto numa fúria de destruição na Caixa, de fragilização da Caixa, que visa transformar a Caixa Geral de Depósitos numa Caixinha, ao invés de transformar a Caixa Geral de Depósitos numa Caixa cada vez mais forte, capaz de responder às necessidades que lhe são colocadas quer pelos clientes, quer pelo próprio país. Da parte do PCP, contam estes trabalhadores, contam os trabalhadores portugueses, com uma posição firme na defesa da Caixa, posição essa que foi apresentada, desde a primeira proposta de reestruturação da Caixa Geral de Depósitos, em que denunciámos o seu pendor de fragilização, a sua submissão à Comissão Europeia, com vista, no essencial, a criar uma Caixa mais apetecível para privados, uma Caixa que não compita diretamente com a Banca privada, que alinhe nas suas práticas, mas que não represente uma ameaça para a Banca privada. Exatamente o contrário daquilo que o PCP entende que deveria vir a ser feito e que os trabalhadores também entendem que deveria vir a ser feito, que é, depois de capitalizar a Caixa, fazer uma reestruturação, para que a Caixa fique mais capaz, mais forte, mais robusta e - também isso implica - com mais respeito pelos trabalhadores sem encerrar balcões, mais serviços à população e, evidentemente, também mudar a vida dos trabalhadores, através dos aumentos salariais e do pagamento das horas extra e de um outro conjunto de elementos da vida laboral, que neste momento está no caderno reivindicativo desta greve.

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