Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP, Concentração «Por mais e melhores serviços públicos na saúde e na educação»

Mandato após mandato, aqui esteve a CDU com o seu trabalho dando cumprimento aos compromissos assumidos, abrindo novos caminhos de progresso

Mandato após mandato, aqui esteve a CDU com o seu trabalho dando cumprimento aos compromissos assumidos, abrindo novos caminhos de progresso

Camaradas e amigos

Uma forte saudação aos trabalhadores e à população da Quinta do Conde e a todos os sesimbrenses. Uma palavra de saudação também para os candidatos e activistas da CDU que neste concelho dão rosto e expressão ao nosso projecto autárquico, valorizando o poder local democrático e correspondendo às aspirações, interesses e bem-estar da população.

Aqui neste concelho e a partir desta freguesia da Quinta do Conde está bem à vista o trabalho dos eleitos da CDU, a obra realizada, a importância de ter à frente das autarquias quem, com trabalho, honestidade e competência, exerce e assume as responsabilidades que lhe cabe, põe o seu conhecimento e dedicação ao serviço do progresso local e dá voz à defesa dos interesses das populações.

Sim, a CDU é diferente e este concelho e freguesia sabem bem reconhecer essa diferença para melhor.

A população deste concelho conheceu por experiência feita, ainda que felizmente limitada no tempo, o que o concelho perdeu, quando a câmara municipal foi parar, em tempos passados, a mãos erradas.

Deixem-me afirmar, ainda que com ironia, que há males que vêm por bem:

O facto de Sesimbra ter conhecido ainda que por pouco tempo a presença do que significa de desastroso uma gestão do PS é em si mesmo garantia de que a população não a quererá ver repetida.

O mesmo se pode dizer nesta freguesia que desde 2009 conhece com a vitória da CDU a diferença para melhor, e bem para melhor, de um passado em que o PS desgovernou a freguesia.

Neste concelho a obra está à vista. Dela já deu conta o Francisco Jesus.

Mandato após mandato, aqui esteve a CDU com o seu trabalho dando cumprimento aos compromissos assumidos, abrindo novos caminhos de progresso, respondendo a novos problemas e aspirações, planeando e projectando a modernização do concelho, mantendo como foco e objectivo central servir as populações.

Da qualificação do espaço urbano à elevada prestação de serviços públicos, da democratização do acesso à cultura e à prática do desporto à construção de equipamentos colectivos, da valorização do ambiente à preservação da natureza para usufruto da população, do apoio ao movimento associativo ao estímulo e valorização das expressões de cultura popular, da cuidada atenção à escola pública ao bem-estar das crianças – aqui temos reunido um trabalho que é em si mesmo razão de confiança e garantia de futuro.

Uma intervenção que se traduz também pelo empenho e persistência na conquista de avanços como o do alargamento do passe social e da redução do seu custo que se traduziu não apenas na valorização do transporte público e da mobilidade mas também em ganhos nos rendimentos de milhares famílias e na melhoria do ambiente.

Uma conquista inseparável da acção do PCP e do PEV, que teve de vencer oposições de PS e PSD, que precisa de ser consolidada enquanto responsabilidade da Administração Central, e que conta com a contribuição do município em mais de milhão de euros.

Uma intervenção determinada e firme na representação dos interesses da população do concelho, exigindo do governo a resposta que este não quer dar.

O que aqui se passa neste concelho e em particular nesta freguesia é bem o exemplo do contraste entre a CDU e a sua capacidade de resposta aos problemas e a incúria e a irresponsabilidade do PS e do seu governo.

A população e as suas organizações aqui têm desenvolvido a luta, tendo sempre ao seu lado os eleitos da CDU para que o Governo assuma as suas responsabilidades e responda ao que lhe compete.

Luta pelo direito à saúde, com a exigência de reforço dos meios, profissionais e instalações, designadamente a construção do Centro de Saúde indispensável para resolver o problema mais de 1.500 utentes sem médico de família.

Luta pela construção de uma nova escola secundária que evite que mais de mil alunos tenham de sair do concelho para terem direito à escola pública.
Lutas por coisas que tanta falta fazem e que o Governo continua a ignorar.

Sim, é verdade. O PS e o seu governo privilegiam o défice e desprezam as populações. Mesmo quando empurrados não fazem o que lhe compete.

Veja-se o que se passa com o centro de saúde. A competência da sua construção é do Governo. Apesar disso, a autarquia disponibilizou o terreno, assumiu a elaboração do projecto de construção, lançou a candidatura aos fundos comunitários propondo-se assumir, para lá do que lhe competia, parte do valor da obra.

Para a construção começar só falta que o Governo do PS e o Ministério das Finanças publiquem a portaria de extensão. Há meses e meses que o assunto morreu nas gavetas do governo PS com o risco de os prazos da candidatura expirarem e voltar tudo à estaca a zero. Uma vergonha!

A Quinta do Conde continua também à espera da criação da Loja do Cidadão, um serviço de enorme importância como é fácil perceber. A Câmara Municipal já cedeu instalações. Porque é que a Quinta do Conde continua sem este serviço público?

Porque o Governo a administração Central e os seus principais serviços continuam alheados em lhe dar resposta.

Bem se pode dizer que no governo ou nas autarquias o PS é sempre mais do mesmo: um PS orientado para dar atenção aos grandes interesses, sempre pronto a fazer figura de bom aluno perante a União Europeia, a dar prioridade ao que interessa ao grande capital desconsiderando os trabalhadores e o povo, arrastando a resposta aos seus problemas, a desdobrar-se em anúncios e promessas a que sempre falta e não cumpre.

Do reforço do SNS à escola pública, do investimento nos serviços públicos o que é preciso é que o governo do PS dê concretização ao que o Orçamento do Estado para 2021 consagrou. Que deixe de arrastar os pés sempre a pensar como poupar dinheiro que depois não falta para os que mais podem, sempre a pensar como pode transferir encargos para cima de outros.

O que se assiste por parte do governo com o apoio do PSD, em nome de uma falsa descentralização e proximidade, é a tentativa impor uma transferência de encargos para as autarquias que significará mais dificuldades para o poder local, menos investimento e financiamento público e, sobretudo um ataque ao SNS, à escola pública e à segurança social enquanto direitos universais que a Constituição consagra e que o Estado deve assegurar.

A eleição de mais Câmaras Municipais, mais Juntas, mais candidatos da CDU em 26 de Setembro é a garantia, em cada freguesia e concelho, de um trabalho ao serviço das populações e de uma resposta aos seus problemas.

É esse o objectivo directo destas eleições. Mas hoje está cada vez mais claro que não são só as freguesias e os concelhos deste País que ficam a ganhar com a intervenção e o reforço da CDU e da sua gestão.

É o País que precisa do trabalho, da honestidade e da competência do PCP e da CDU para melhor defender os interesses dos trabalhadores e do povo, num período onde pesam agravados problemas económicos e sociais.

Nestes últimos tempos os portugueses puderam verificar quão importante é ter esta força consequente que se congrega na CDU.

Tem sido a sua intervenção e acção, juntamente com a luta dos trabalhadores e das populações que tem permitido nestes tempos difíceis para o nosso povo, conter e minimizar uma degradação maior das condições de vida.

Foi pela acção e intervenção do PCP que foi possível assegurar o pagamento dos salários a 100% aos trabalhadores em Lay-off desde o princípio do ano; garantir a 200 mil pessoas abrangidas pelos apoios dirigidos aos trabalhadores independentes e outras pessoas sem proteção social, mas também a mais de 50 mil trabalhadores desempregados que viram o seu subsídio de desemprego prolongado.

Foi pela acção do PCP que cerca de 20 mil crianças ficaram abrangidas pela gratuitidade das creches.

Foi pela acção, intervenção e trabalho do PCP que no presente ano um milhão e novecentos mil pensionistas conseguissem ter aumentos de pensões.

Temos apresentado soluções que, a serem adoptadas, responderiam à dimensão dos problemas nacionais e das desigualdades e injustiças que persistem.

Tem sido o caso das inúmeras propostas para melhorar direitos laborais, para prolongar moratórias bancárias e defender inquilinos e pequenos e médios empresários das consequências de previsíveis incumprimentos, a proposta para fixar um regime máximo de preços da energia e combustíveis e muitas outras propostas noutras áreas.

O PS teve toda a oportunidade para encetar uma política alternativa. Não o fez porque são outros os seus compromissos.

O País precisa de avançar. Precisa de superar os problemas acumulados em resultado de décadas de política de direita e que hoje se encontram agravados.

Precisa de uma política para valorizar a produção nacional e o emprego, colocar o desenvolvimento científico e tecnológico ao serviço da qualidade de vida, combater as desigualdades e as injustiças sociais.

Mas precisa também de dar resposta a problemas mais imediatos.

Precisa de dar outra urgência à mobilização e utilização de todas as possibilidades e instrumentos de que o Orçamento do Estado para 2021 dispõe e que o governo do PS tarda em concretizar.

Mais do que fazer de conta que anda, mas fica tudo na mesma, ao Governo do PS exige-se medida concretas e menos demagogia.

Se há os milhões como dizem, e há, então que se o coloque ao serviço dos problemas dos trabalhadores e do povo e se o integre numa estratégia que assegure o desenvolvimento harmonioso do país.

Que esse dinheiro sirva para garantir os investimentos que o Governo continua a adiar.

Sim, é precisa uma outra resposta, uma outra política, uma política alternativa capaz de resolver problemas acumulados e encetar uma trajectória de desenvolvimento económico e social.

Outra resposta e outra política para responder a outros problemas que marcam e pesam negativamente na vida dos trabalhadores e do povo.

Desde logo para assegurar respostas emergentes como a do aumento geral dos salários para todos os trabalhadores, do salário médio, tal como a valorização das carreiras, o aumento do Salário Mínimo Nacional para 850 euros, o combate à precariedade ou à desregulação dos horários de trabalho.

Para garantir a inadiável valorização das pensões e reformas de todos quantos descontaram, incluindo acima dos 658,20 euros.

Para assegurar uma rede de Lares e o apoio efectivo aos idosos, às suas famílias e cuidadores.

Para garantir um reforço de investimento nos serviços públicos, na educação ou na cultura.

Uma outra resposta e uma outra justiça fiscal que desagrave os impostos sobre os trabalhadores de mais baixos rendimentos, o que exige afrontar os lucros e os elevados patrimónios e rendimentos.

A garantia de creches gratuitas para todas as crianças, medida tão importante para a vida de todos quantos vivem neste concelho e nesta freguesia.

Estes são combates em que estamos empenhados e essa é uma razão acrescida para apoiar a CDU que é sem dúvida a grande força de esquerda no Poder Local.

Sim, é para dar força à luta por tudo isto que mais autarquias, mais eleitos, mais votos na CDU são um contributo para poder dar novos passos com novas soluções para dar resposta aos problemas do País, dos trabalhadores e do povo.

Chegamos ao fim da mais um mandato, olhando para o imenso trabalho, com o sentido do dever cumprido.

Assumindo as suas responsabilidades e em muitas circunstâncias a tapar os buracos como vemos da falta de resposta que cabia ao governo e a administração central dar.

Por isso, dizemos: a CDU vale a pena!

Vale a pena pelo que acrescenta de força, com mais CDU, à luta dos que aspiram também a uma outra política no plano nacional.

Vale a pena pelo seu trabalho, pelas suas propostas, pela seriedade, isenção e sentido de responsabilidade que os eleitos da CDU colocam no exercício das suas funções, pela voz que dá nas autarquias aos problemas, aspirações e reclamações das populações.

Sim, vale a pena votar CDU!

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