Em primeiro lugar dizer que isto não é uma reivindicação e uma situação que resulte só da situação epidémica que o nosso país que viveu.
É um problema que tem 20 anos tendo em conta as condições de trabalho destes trabalhadores, no plano da insalubridade e da penosidade, num quadro em que a epidemia alastrava numa situação muito difícil para quem tem que lidar com os resíduos sólidos, tem que trabalhar em condições difíceis e é neste quadro que o PCP apresentou a proposta de suplemento de insalubridade, penosidade e risco, incluía a questão do risco. O governo considerou parte da nossa proposta, mas deixou muito trabalhadores para trás, não abrangidos por este suplemento, mas poderíamos dizer, como aqui afirmei, foi metido um pé na porta, para conseguir abrir a porta toda vai ter continuar muita luta.
Uma outra nota é o facto de todas as Câmaras da CDU aplicaram já o suplemento e isto tem um significado profundo, agora coloca-se a necessidade conseguir esse objectivo de tomar todo o universo de trabalhadores que estão sujeitos à penosidade e à insalubridade veja também reconhecido esse direito.
Mas qualquer forma, com o PS sempre a dizer que não, durante muitas vezes em que tivemos iniciativa, mas desta vez no quadro de orçamento acabou por ceder mas de uma forma mitigada.
Creio que este é um exemplo muito concreto, para além da acção do PCP no plano institucional, foram os trabalhadores, a sua luta, que ditou este passo adiante, naturalmente ainda insuficiente, mas que valeu a pena.
